Museu do Hip Hop pioneiro no país é aberto na Zona Norte de Porto Alegre
A Prefeitura de Porto Alegre entregou, na tarde deste domingo, 10, o Museu do Hip Hop RS, localizado na rua Parque dos Nativos, 545, bairro Vila Ipiranga, Zona Norte. Diversas atividades gratuitas, como grafitagem e apresentações musicais, marcaram a abertura do espaço que é o primeiro dedicado à cultura hip hop no Brasil. (fotos)
Conforme o prefeito Sebastião Melo, a governança conjunta do poder público é fundamental para promover transformação social. “De todos os termos de permissão de uso, que é o empréstimo gratuito da prefeitura, este espaço multicultural terá uma capacidade enorme de salvar vidas e gerar oportunidades de futuro aos jovens”, enfatiza Melo. O termo de permissão de uso não oneroso (TPU) do imóvel municipal foi assinado em agosto de 2021 pelo prefeito.
O museu tem a expectativa de receber 30 mil visitantes por ano e conta com aproximadamente seis mil itens de acervos físico e digital sobre a história do movimento no Rio Grande do Sul. No local, encontram-se salas expositivas, ateliê de oficinas, café, loja, estufa agroecológica, biblioteca, quadra poliesportiva, CT de breaking e um estúdio. O museu funcionará de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h.
“Esse é um exemplo de destinação eficiente dos espaços públicos. Trata-se de um projeto inédito, que fará a diferença para as comunidades da região. O patrimônio público deve ser utilizado para benefícios em prol da sociedade”, afirma o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa.
Projeto – O museu foi idealizado pela Associação da Cultura Hip Hop, atuante no fortalecimento de uma estratégia sociocultural de prevenção e redução da violência e do trabalho infantil, assim como na promoção dos direitos humanos da juventude da Capital e Região Metropolitana.
Já a Secretaria de Administração e Patrimônio (Smap) elaborou o TPU. De acordo com a legislação vigente, os imóveis municipais podem ser cedidos sem cobrança somente a instituições sem fins lucrativos, que atendam preferencialmente crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade.
O rapper e militante do movimento negro no Estado, Rafa Rafuagi, responsável pelo projeto da associação, reafirma o compromisso de tornar o novo museu um espaço para fomentar a inserção social por meio da música e do hip hop. As obras de revitalização no local e a administração são geridas por fundos financeiros do próprio projeto, que resultaram de parcerias com os Governos do Estado e Federal, por meio do Ministério da Cultura, Nubank e Petrobras Cultural.
Gilmar Martins