Prefeito em exercício sanciona lei do passe livre nas eleições

18/10/2022 10:28
Alex Rocha/PMPA
EXECUTIVO
Solenidade de sanção ocorreu na manhã desta terça-feira no Paço Municipal

Em ato no Paço Municipal, o prefeito em exercício, vereador Idenir Cecchim, sancionou nesta terça-feira, 18, a lei que inclui a previsão de passe livre nas datas envolvendo eleições com voto obrigatório. O projeto foi encaminhado pelo prefeito Sebastião Melo no dia 3 de outubro e aprovado pela Câmara Municipal na última quinta-feira, 13. 

Conforme a proposta - que altera a Lei Complementar nº 362, de 1995 -, serão contemplados os dias de eleições majoritárias e proporcionais em níveis federal, estadual e municipal. “O projeto foi construído de forma democrática e coletiva, com diálogo com as demandas da população e a sensibilidade do Legislativo e do Executivo” afirmou Cecchim. 

“Na Câmara, demos a máxima celeridade regimental possível ao andamento e aprovação do projeto, na defesa da democracia e da paz nas eleições”, reforçou Cecchim. “Temos uma Câmara Municipal plural, que diverge mas também converge quando o interesse da cidade é notório”, afirmou o presidente em exercício do Legislativo, Giovane Byl.

Melo retorna a Porto Alegre no início desta tarde. O prefeito participou, na segunda-feira, 17, no Rio de Janeiro, do 8º Fórum Global do Pacto de Milão, evento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que discutiu políticas alimentares urbanas.

Histórico - No dia 29 de setembro, antes do primeiro turno, o prefeito e integrantes da gestão estiveram no Ministério Público para definir acordo e viabilizar a gratuidade à população de baixa renda, na construção que envolveu ainda Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público de Contas e a presidência da Câmara Municipal. Por decisão judicial, o dia 2 de outubro teve passe livre. Melo pontuou o debate nacional sobre incluir o financiamento do passe livre nas eleições. Em Porto Alegre, o custo supera R$ 1 milhão a cada dia da operação. 

Mais Transporte - No primeiro ano da gestão, em 2021, a prefeitura propôs e debateu com a sociedade e o Legislativo um conjunto de medidas para enfrentar a crise do transporte coletivo, que permitiram manter em R$ 4,80 a tarifa dos ônibus e não nos R$ 6,65 estimados. As providências incluíram a retirada gradativa dos cobradores, a redução à metade das isenções e a revisão do passe livre, junto com o aporte de R$ 100 milhões neste ano pelos cofres públicos. Em nível nacional, não há prática entre as capitais de conceder passe livre nas eleições, inclusive porque a regra na organização do sistema eleitoral é o cidadão votar próximo ao domicílio.

 

Carolina Seeger

Lissandra Mendonça