Prefeitura dá continuidade ao cálculo tarifário de transporte
Tendo em vista os documentos recebidos, que citam o reajuste mínimo para a categoria, a descrição dos salários e a informação do valor do plano de saúde e tíquete-alimentação, a Prefeitura de Porto Alegre informa que já tem os elementos necessários para prosseguir com o cálculo sobre a tarifa de transporte público, conforme as cláusulas contratuais e equilíbrio de contrato. No entanto, segue a expectativa de aprovar o pacote de projetos de lei, denominado Transporte Cidadão, enviado à Câmara Municipal em janeiro. Caso contrário, o índice de reajuste e o valor da tarifa podem ser os mais altos do país.
“Temos a possibilidade, neste momento, de em 2021 chegarmos a uma tarifa de R$ 2,00, com estudantes pagando R$ 1,00 e o trabalhador podendo viajar com passe-livre, inclusive em fins de semana e feriados. Não se pode mais esperar para tomar alguma atitude pelo transporte público”, enfatiza o prefeito Nelson Marchezan Júnior. “Na semana passada, a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) informou que cerca de 600 profissionais já foram desligados de seus cargos em razão da adequação de oferta. Não há mais tempo. Temos que agir agora”, acrescenta.
O Município aguardou até o limite para iniciar o processo tarifário conforme cronograma de anos anteriores. “A continuidade da prestação do serviço de transporte público deve ser a prioridade”, afirma o secretário extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello.
As próximas etapas serão a finalização do cálculo com os índices recebidos após a conclusão, envio dos cálculos e convocação de reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (COMTU). Depois da apreciação do Conselho, será divulgado o novo valor da tarifa.
Conheça as propostas do Transporte Cidadão enviadas à Câmara Municipal em 27 de janeiro
Taxa de mobilidade urbana - Inspirado no modelo francês do Versement Transport (VT), a taxa de mobilidade urbana (TMU) é um encargo cobrado das empresas por empregado com carteira assinada, o que vai garantir para esses trabalhadores o passe livre no sistema de transporte coletivo. Além do mais, como o empregador não precisará mais comprar vale-transporte, o funcionário não terá mais o desconto de até 6% no salário quando for usuário unicamente do sistema da Capital. Se aprovados os demais projetos de lei, o valor cobrado dos empresários diminui e, juntos, eles poderão resultar em uma tarifa significativamente menor. Este projeto só entra em vigor no próximo período fiscal, ou seja, em 2021.
Rui Felten