Cesar Lopes / PMPA

O andamento das obras da macrodrenagem do Arroio Areia, executadas pela prefeitura para amenizar alagamentos históricos e acúmulos de água nas zonas Norte, Noroeste e Leste da Capital, foi detalhado à comunidade do bairro Santa Maria Goretti, em reunião na noite desta quinta-feira, 24, no Salão de Eventos do Esporte Clube São José. O prefeito Sebastião Melo, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Alexandre Garcia, secretários e técnicos da prefeitura participaram do evento. A iniciativa foi da Câmara Municipal, por meio da Frente Parlamentar de Monitoramento de Obras e Serviços de Drenagem, presidida pelo vereador Ramiro Rosário.

De acordo com o prefeito, as obras são aguardadas há anos pela população e são fundamentais para resolver a macrodrenagem de 14 bairros, beneficiando diretamente 180 mil moradores. “Um dos maiores desafios na infraestrutura é resolvermos a drenagem urbana. Para isso, precisamos de cerca de R$ 4 bilhões. Vamos acompanhar de perto e trabalhar por cada uma das obras do Arroio Areia, que têm grandes desafios e impacto simbólico para melhorar a vida na cidade”, afirma Melo. 

O diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia, explica que o conjunto de obras contempla 26 intervenções, entre galerias e reservatórios. “Estamos fiscalizando as obras em andamento e intensificamos com a parte técnica e a empresa executora a gestão dos projetos para iniciarmos mais obras. Para o próximo mês, temos previsão de começar as obras das galerias lineares A1 e A2, na região da Nilo Peçanha”, diz.

Garcia explica que o contrato é de 54 meses e foram executados até o momento 31,63%. "Temos cerca de 16 meses para executar quase 70% das obras. Haverá muitos transtornos à população, especialmente no trânsito, mas precisamos dar celeridade e volume de obras para não perdermos os recursos”, complementa.

“As melhorias que estão sendo realizadas por este mega projeto irão contribuir significativamente para amenizar o histórico problema de alagamentos na região, melhorando a qualidade de vida dos moradores”, afirma Ramiro Rosário.

Alagamentos - O grande objetivo da obra é amenizar alagamentos históricos e acúmulos de água nos bairros Bom Jesus, Três Figueiras, Chácara das Pedras, Vila Jardim, Jardim Europa, Boa Vista, Vila Ipiranga, Higienópolis, São João, Passo da Areia, Cristo Redentor, Santa Maria Goretti, Jardim São Pedro e limite com Anchieta.

Além de cinco obras já terminadas (lineares I2 – avenida Carneiro da Fontoura, C1 e C2 – na rua Anita Garibaldi e F1 – Plínio Brasil Milano e o reservatório R2 – Praça Francisco Guerra Blessman), estão em execução os reservatórios R1 (87,64%) - Praça Lopes Trovão, e R9 (75,37%) - Praça Fortunato Pimentel; e as obras lineares I1 (68,03%) - avenida Sertório, e D5 (96,93%) - rua Gaston Englert. No total, serão investidos cerca de R$ 108 milhões, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Regional com R$ 1,3 milhão de contrapartida da prefeitura, executados pelo Consórcio ACA Brasil/Angolaca/ACA/RGS/Dolphin.

Luciano Lanes / PMPA

Obras A1 e A2 - Na tarde desta quinta, o Dmae realizou mais uma reunião com comerciantes e moradores da região dos bairros Chácara das Pedras e Três Figueiras, no auditório da Escola Prudente de Morais. O diretor-geral, técnicos e representantes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) detalharam as obras das galerias A1 e A2 e as mudanças no trânsito previstas para a região, que serão iniciadas em julho, nas proximidades com a avenida Nilo Peçanha. Cada uma delas contará com aproximadamente 350 metros de extensão, com prazo de execução de seis meses e quatro meses, e custo de R$ 2,9 milhões e R$ 2,6 milhões, respectivamente.

“Muitas obras do Arroio Areia são feitas em uma região e beneficiam outros locais mais distantes. Por isso, estamos realizando uma série de reuniões e estabelecendo diálogo direto com moradores e comerciantes das regiões das intervenções, pedindo a compreensão e buscando solucionar demandas que possam minimizar o impacto no dia-a-dia da população”, ressaltou Garcia.