A prefeitura identificou suspeita de fraude em uma inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal e evitou que o beneficiário recebesse de forma irregular o Cartão Social, destinado a famílias de baixa renda de Porto Alegre. O cadastro é de um padre e funcionário da Câmara dos Deputados. Na inscrição no CadÚnico, feita no dia 7 de fevereiro deste ano, o padre declarou residir sozinho e ter renda mensal de R$ 250,00. Segundo consulta ao portal da transparência da Câmara dos Deputados, no mês passado ele recebeu R$ 1.176,77, por exercer função ou cargo em comissão, e R$ 982,29 de auxílios. Portanto, não se enquadra no perfil de beneficiário do Cartão Social. A suspeita de infração será encaminhada ao Ministério Público.

A prefeitura solicita a quem identificar qualquer ato de fraude que informe aos órgãos competentes para providências. O Cartão Social foi criado para atender famílias inscritas no CadÚnico do governo federal com renda mensal per capita de até meio salário mínimo e que não recebam nenhum benefício social, como Bolsa Família, Auxílio Emergencial ou Seguro-Desemprego. O auxílio é concedido a famílias com faixa de renda mensal de R$ 89,00 a R$ 522,50 per capita.