Vinny Vanoni / PMPA

Os desafios dos municípios e as soluções técnologicas deram o tom do debate ao Smart Gov Sul, evento que se encerra nesta sexta-feira, 5, no Hotel Laguetto Viverone, em Porto Alegre. O encontro é uma iniciativa da Associação Nacional de Cidades Inteligentes (Anciti) e, na sua edição na Região Sul, teve o apoio da Procempa. "Os desafios das cidades são muito parecidos. O que está dando certo em um município do Norte pode funcionar no Sul. Os problemas são os mesmos e muitas vezes as soluções também”, afirma a presidente da Procempa, Letícia Batistela.

Com mais de 34 municípios discutindo inovação, tecnologia e seu impacto para o cidadão, foram conhecidos casos de cidades inteligentes ao redor do Brasil. “Ser inteligente não significa necessariamente ser tecnológico. A tecnologia é meio para que o cidadão perceba mais qualidade de vida, facilidade de acesso aos serviços públicos e para que a gestão pública seja menos pesada”, aponta Leandro Garcia, presidente da Anciti e da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel).

Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, secretário do Gabinete da Inovação de Porto Alegre, apontou soluções que deram certo. “Eventos como esse só reforçam que o caminho é o da colaboração e da construção conjunta. Este é o aprendizado na nossa cidade e estamos colhendo frutos diariamente”, disse.

Experiências compartilhadas - Um dos casos apresentados foi o do cercamento eletrônico de Porto Alegre, desenvolvido pela Procempa em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança. Márcio Scherer, supervisor técnico na área de arquitetura e inovação da empresa da prefeitura, mostrou os incrementos em segurança com a diminuição dos índices de roubos a carros e também as potencialidades da ferramenta. As denúncias podem ser feitas por aplicativo pelo próprio cidadão. “Os resultados são sempre decorrentes de diversas iniciativas. A tecnologia é meio para que tenhamos mais assertividade e velocidade na hora de agir”, diz Scherer.

O secretário municipal Gustavo Ferenci, da Transparência e Controladoria, trouxe a experiência do 156,, relatando as estratégias para ampliar as interações com a população. “Ao longo deste pouco mais de um ano e meio de governo, nos aproximamos dos órgãos que atendem diretamente ao cidadão, para entender as dificuldades enfrentadas no dia a dia. Muitas das melhorias nas plataformas digitais foram simples e significaram um grande impacto”. Em 2020, os canais digitais da prefeitura representaram 6% das interações com o cidadão. Hoje são mais de 26%.