Ricardo Giusti/PMPA

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) divulgou na última quarta-feira,19, a conclusão do Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) do Mercado Público de Porto Alegre. “Este importante documento marca o início de uma nova fase para nossa cidade. Além da incontestável contribuição ambiental,  a destinação adequada dos resíduos gerados irá criar uma possibilidade de renda para famílias carentes”, destaca o secretário da Smams, Maurício Fernandes. 

 

Desenvolvido pela Smams e pelo Ministério Público, o estudo promove um diagnóstico da situação atual, detalhando informações sobre os tipos de resíduos gerados, classificação e quantidades, aponta e descreve ações referentes à segregação, coleta, manipulação,  acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento, reciclagem e disposição final dos resíduos sólidos. “A média mensal de resíduos gerados no Mercado Público é de 105 toneladas para peixarias e açougues, 437 toneladas para resíduos orgânicos, 184 toneladas de resíduos recicláveis e 860 litros de óleo de fritura”, informa a engenheira química da Smams, Alessandra Nogueira Pires, que coordenou os trabalhos. 

 

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Leandro de Lemos, essa é mais uma ação da prefeitura que gradualmente vem recuperando o Mercado Público e colocando-o num grau elevado de gestão e qualidade. “Essa atividade é um vetor de sustentabilidade que contribui para o meio ambiente e também auxilia o destino adequado para o lixo, com isso, podendo gerar receita para o município”, declara Lemos.

 

Os principais objetivos da implementação incluem a racionalização das atividades, assegurando redução de perdas e desperdício, a geração de processos e produtos mais limpos e a diminuição de impactos visual e olfativo. Em toda a área do empreendimento deverão ser previstos sistemas e ferramentas para segregação dos resíduos na origem, o reaproveitamento, a reciclagem e o destino final ambientalmente correto. “No que diz respeito a conscientização ambiental, a atenção com a correta segregação dos resíduos, entre orgânicos e recicláveis, está muito aquém do possível para Porto Alegre", enfatiza o secretário da Smams. "Se todos os porto-alegrenses realizassem a correta separação, pessoas que trabalham com resíduos poderiam ter acesso a um mercado que geraria receitas superiores a R$ 100 mil reais por dia˜. 

  

Os próximos passos serão o treinamento das pessoas envolvidas na gestão dos resíduos no Mercado Público para implementação de ações específicas de higienização, manutenção, coleta e  atendimento ao associado. A revisão do PGRS deverá ser anual e  realizada por profissional habilitado para assinar Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).