Direitos Animais alerta para a proibição de fogos de estampido na virada do ano

30/12/2020 08:30
Ari Teixeira/Smams PMPA
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Animais devem ficar em casa, em um lugar onde possam se sentir em segurança

A Diretoria Geral de Direitos Animais (DGDA) alerta que, durante as celebrações do Ano Novo, além dos cuidados contra o coronavírus, as pessoas evitem a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifícios. Na primeira quinzena deste mês, o governo do Estado publicou decreto regulamentando a Lei 15.366, que proíbe a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como artefatos pirotécnicos festivos de efeito sonoro ruidoso que ultrapassem os cem decibéis a uma distância de cem metros.

O diretor Bruno Wagner explica que esses artefatos não afetam apenas animais domésticos, mas também crianças e idosos com problemas de saúde. “É uma questão de bom senso e respeito, especialmente em um período tão difícil no enfrentamento de uma pandemia”, alerta. 

Onde denunciar -  A fiscalização ficará sob responsabilidade da Polícia Civil, que poderá aplicar multas que variam entre R$ 2 mil a R$ 10 mil (102 a 512 unidades de padrão fiscal), conforme a quantidade de fogos utilizados. Caso se perceba reincidência em um período inferior a 30 dias, o valor da multa será dobrado.

Danos aos animais - Cães e gatos têm a audição mais aguçada e conseguem ouvir quatro vezes mais que os humanos. Assim, a explosão de fogos de artifício e rojões provocam pânico e, muitas vezes, óbitos entre os bichos de estimação. O susto devido à repetição contínua, os odores fortes dos fogos e o impacto das luzes se tornam mais nocivos do que os períodos de tempestades, com trovões e relâmpagos. 

Nesses momentos, o correto é acomodar os animais em algum lugar aconchegante na casa, permitindo que se sintam seguros. A equipe de veterinários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) alerta para o uso de coleiras com identificação para o caso dos cães escaparem na direção da rua.

Se a família não estiver na residência, se recomenda verificar os muros, cercas e portões e confirmar que estão em bom estado e se são suficientes para impedir a fuga do cão, ou evitar que se machuque durante a queima dos fogos. Existem registros de mutilações, com a perda de algum membro, na tentativa de ultrapassar vãos pequenos. 

Dicas de cuidados:

- Acomode os animais em casa, em um lugar onde possam se sentir em segurança

- Fechar portas e janelas para evitar fugas e acidentes fatais

- Tampões nos ouvidos podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos

- Forrar o chão com cobertor ou cobrir o cão com um edredom

-  Envolver o cão com uma faixa que lhe permite sentir-se mais seguro, abraçado 

- Fornecer alimentos leves. Distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem levar a óbito 


  

 

Ari Teixeira

Taís Dimer Dihl