Prefeitura dialoga com moradores das ilhas
Os moradores do bairro Arquipélago tiveram a oportunidade de conhecer aspectos relativos à reconstrução e adaptação da região para eventuais novos desastres climáticos em reunião com a prefeitura na noite desta sexta-feira, 8. Com o início da elaboração de um novo Plano Urbanístico e Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável das Ilhas de Porto Alegre já em fase final de contratação, a administração municipal busca compreender as atuais necessidades da população que deseja permanecer na área, apesar do risco iminente de inundação.
O encontro ocorreu na Colônia de Pescadores da Ilha da Pintada, uma das cinco habitadas dentre as 16 existentes no território da Capital. A diretora de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e coordenadora do eixo de Gerenciamento de Projetos de Transformação Urbana do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática da cidade, Patricia Tschoepke, explicou os processos populares já realizados durante a revisão do Plano Diretor na área. Também relatou como funcionará a divisão do Plano para o novo modelo adotado na região. “Durante a conversa foi possível esclarecer o desenvolvimento dos trabalhos, que preveem um mapeamento detalhado das áreas de risco do bairro, um plano de urbanização e regularização fundiária, além de explicarmos as futuras contratações para compreendermos os pontos mais suscetíveis a enchentes e propor soluções”, comenta Patricia.
Dentre as contratações em andamento, está a topobatimetria. Com previsão de início até o final do mês, esse serviço irá identificar a topografia do fundo do rio para analisar cada parte das Ilhas e sua possibilidade de ocupação. O levantamento planialtimétrico, ainda em fase inicial de licitação, fará imagens aéreas para subsidiar o desenvolvimento do Plano Urbanístico e da regularização fundiária nas áreas onde é possível haver ocupação.
Escritório de Reconstrução - A força-tarefa da prefeitura, criada em julho, trabalha para reverter os impactos da inundação na cidade e prepará-la para novos desastres climáticos. Com recursos públicos, doações e financiamentos de parceiros privados, o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática da cidade trabalha na transformação urbana, avaliando as dinâmicas atuais da Capital para realizar projetos prioritários de preparação.
Gilmar Martins