Proposta preliminar aponta soluções para a despoluição do Arroio Dilúvio
Estudos ambientais, econômicos, urbanísticos, sociais e demográficos e de mobilidade realizados para a Operação Urbana Consorciada (OUC) da avenida Ipiranga apontam para um conjunto de ações que incluem melhorias no sistema de esgoto sanitário, drenagem urbana e criação de um parque linear ao longo das margens do arroio para transformação urbana sustentável da região.
Para a despoluição do Arroio Dilúvio, especialistas contratados pela prefeitura sugerem a implantação de coletores de esgoto em pontos específicos em épocas de baixa vazão da rede pluvial, em dias não chuvosos, e a criação e adequação de novas Casas de Bombas de Tempo Seco (CBTS). A medida impede o despejo de esgoto misto diretamente na rede de drenagem urbana.
Além disso, o projeto prevê a instalação de novas ecobarreiras ao longo da Ipiranga e em seus afluentes e a melhoria na capacidade de escoamento das águas pluviais nas Estações de Bombeamento de Água Pluvial (EBAPs) e nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) existentes. Também estão previstas intervenções nos planos diretores de drenagem urbana dos arroios Moinhos e Dilúvio para o controle de enchentes.
A criação de um parque linear ao longo das margens do arroio busca integrar a preservação ambiental ao desenvolvimento socioeconômico, com a instalação de biovaletas (canais rebaixados que incorporam elementos naturais como solo drenante, pedras e vegetação), e jardins drenantes que utilizam a atividade biológica de plantas e microrganismos para remover os poluentes das águas pluviais.
A Operação Urbana Consorciada (OUC) da avenida Ipiranga é uma iniciativa da Smamus, com execução a cargo do Consórcio Regeneração Urbana Dilúvio, formado pelas empresas Profill, Consult e Pezco. O objetivo é definir um modelo de despoluição do Dilúvio e qualificação do seu entorno.
Cristiano Vieira