Prefeitura busca alternativas para restauração do Museu de Porto Alegre
A prefeitura está preparando a cidade para a comemoração dos 250 anos da capital gaúcha, em 2022. Dentro desse projeto está prevista a revitalização do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo. A Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) está buscando interessados em fazer a pintura do prédio e, em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura (SMC), buscando alternativas a curto e a longo prazo para uma melhor utilização do espaço.
“Queremos arrumar o prédio para deixa-lo mais bonito. A longo prazo vamos estudar a possibilidade de uma concessão do museu já que, além da própria exploração comercial relativa a exposições, há um vasto espaço que pode ser aproveitado para eventos, instalação de um café, entre outros atrativos”, destaca a secretária municipal de Parcerias Ana Pellini.
Retomar os serviços de manutenção, planejar ações restaurativas e de recuperação - que demandam organização administrativa e disponibilidade orçamentária - é um dos pilares da gestão do historiador e secretário municipal da Cultura, Gunter Axt. A SMC solicitou à equipe de servidoras do Museu um auxílio criterioso na vistoria. “O Museu encerra o coração da identidade porto-alegrense. Um acervo, um prédio e um pátio com potencialidades a serem aproveitadas. Atividades de restauro do prédio, de valorização do acervo e de conexões com parceiros estarão previstas na programação dos 250 anos da cidade, em destaque”, explica Gunter.
O filósofo e professor Nelson Boeira, que comanda a Diretoria do Patrimônio e Memória de Porto Alegre, afia ainda mais o olhar zeloso aos prédios públicos do município: “A identidade de uma cidade é muito forte e impactante. Porto Alegre precisa definir seu futuro. E só se define o futuro a partir do que fomos, do que somos e do que queremos ser. É uma tarefa da sociedade, não apenas cuidar, mas também recuperar a sua memória de forma a tornar-se um passado vivo, e não morto, para construir um futuro.”
Necessidades - Além da pintura, o prédio precisa do serviço de capina, poda e manejo da exuberante vegetação, incluindo os cuidados com a magnólia tombada, assim como a limpeza de calhas, canaletas do sistema de drenagem e revisão de telhas a cada seis meses.
Também é necessário trocar as placas informativas e a limpeza das bases do prédio na parte externa, e fazer pintura do edifício, dos muros e esquadrias que necessitam estar revestidas com tinta para a conservação por mais tempo por causa da ação do clima. O portão de ferro que dá acesso ao pátio e o banheiro do pavimento térreo também precisam de consertos.
Gilmar Martins