Elson Sempé Pedroso/CMPA

Em reunião virtual nesta terça-feira, 9, o secretário Municipal da Cultura, Gunter Axt, e o adjunto Clóvis André compartilharam os desafios da pasta com a Comissão de Educação, Cultura, Esportes e da Juventude (Cece) da Câmara de Vereadores. Também ouviram as demandas dos representantes de diversas áreas culturais.

Os desafios enfrentados por conta da pandemia e a formação de parcerias público-privadas deram o tom da conversa. Axt salientou as dificuldades enfrentadas pela pasta, como a formação da equipe interna. “A Cultura já contou com 350 servidores e hoje tem aproximadamente 170, incluindo os integrantes da banda municipal e os cargos em comissão, que ainda têm uma deficiência de ocupação em torno de 40%”, ponderou.

O secretário destacou a importância da adoção de medidas emergenciais para o momento, como um auxílio em nível municipal a exemplo da Lei Aldir Blanc, nacional. Axt também defendeu apresentação de emendas impositivas por parte dos parlamentares. “Projetos como de bolsas para o Atelier Livre, por exemplo, podem ser ampliados com recursos para matrículas e passagens contemplando jovens de bairros afastados”, garantiu. 

Essa ideia vai ao encontro de um dos principais eixos da Secretaria Municipal da Cultura neste governo: a descentralização. O secretário adjunto da pasta, Clóvis André, expôs como a valorização das expressões artísticas oriundas da periferia ou o incentivo a leitura nas bibliotecas comunitárias são importantes. “Precisamos resgatar a importância do agente de cultura da comunidade e desenvolver ações formativas nos seus territórios”, destacou.

O secretário Gunter Axt declarou, ainda, que Porto Alegre pode atrair grandes produções por meio do Escritório Municipal de Apoio à Produção Audiovisual (Porto Alegre Film Commission). “Temos condições de coordenar e simplificar procedimentos para realização de produções em áreas públicas, como ocorre em cidades como São Paulo e Medellín (Colômbia) e em países como a Nova Zelândia e Finlândia”, afirmou.
Por fim, Axt reforçou a necessidade de compor um Conselho Municipal da Cultura ativo. Atualmente, as reuniões do grupo não acontecem por falta de quórum. É necessária a participação de 50% dos seus integrantes.