Rodger Timm/PMPA

Compreender as dificuldades, propor alternativas e construir um novo cenário para os jovens diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Esses são alguns dos objetivos da 12ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança do Adolescente que reuniu cerca de 500 jovens na terça, 14, e nesta quarta-feira, 15, no Instituto Mont’Serrat, que cedeu o espaço. O evento é organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança do Adolescente (CMDCA) e Fórum de Entidades com apoio da prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS).

O secretário da SMDS, Léo Voigt, participou de um painel sobre os impactos sofridos na área social em decorrência da pandemia de Covid-19. Ele ressaltou que, apesar do agravamento da crise econômica, incertezas e dificuldades, a assistência da Capital contou com uma rede de proteção organizada. “A pandemia foi uma catástrofe mundial, uma surpresa para a qual não estávamos preparados, mas dois serviços não fecharam as portas: saúde e assistência social. Porto Alegre se manteve organizada e capaz de executar as políticas públicas nacionais, estaduais e municipais”, destacou Voigt.

Durante o primeiro dia da Conferência, o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Tiago Simon, representando o prefeito, saudou a todos, em especial aos trabalhadores da rede de socioassistencial que executam um serviço de excelência em atendimento às crianças e adolescentes do município. Uma rede que atende mais de 10 mil crianças e adolescentes nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, ProJovem e acompanhamentos especializados, prevenindo as situações agravadas de vulnerabilidade e risco social. “Foi uma honra participar da 12ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que reúne os principais atores na construção de melhorias nas políticas públicas de proteção social e garantia de direitos. Somos parceiros nesta construção”, concluiu.

Retomada - Esta é a primeira conferência municipal após a retomada dos encontros presenciais. Para a presidente do CMDCA, Carolina Aguirre, tanto estes dois dias de encontro como as pré-conferências regionais colocaram os jovens na posição de protagonistas. “Nosso objetivo é oferecer um espaço de diálogo e de troca de experiências. Que eles conheçam essa rede de atendimento, tragam as demandas das suas regiões, mas também trabalhem juntos para conquistar o que precisam”, explicou Carolina.

Entre os estudantes que pediram a palavra durante a conferência, o estudante Álisson Kaua Ribeiro Santiago da Silva, de 14 anos, se destacou. Ele foi claro nas suas manifestações, explicou a situação que vive no bairro Passo das Pedras e pediu mais espaço para que jovens e crianças possam reivindicar por direitos. “Eu estou aqui não só por mim, mas para representar os jovens da minha comunidade. Nós sabemos as dificuldades e queremos fazer o que for possível para melhorar a nossa vida”, afirmou Álisson.