Nova data da Parada de Luta é anunciada durante ação para a população LGBTQIA+

03/07/2022 08:34
Eduarda Alcaraz / SMDS / PMPA
Prefeitura oferece serviços para população LGBTQIA+ no Largo Glênio Peres
Pessoas que circularam no Largo Glênio Peres puderam realizar testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais

A Parada de Luta foi transferida para o dia 17 de julho devido à previsão de chuva para o fim de semana. A atividade, que encerra o Mês do Orgulho, seria realizada neste domingo, 3. O anúncio da nova data foi feito durante a ação promovida pela Coordenação de Direitos de Diversidade Sexual e Gênero da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) nesta quinta-feira, 30, no Largo Glênio Peres.

O dia foi dedicado a divulgar serviços voltados para o cuidado e a proteção das pessoas LGBTQIA+. A mobilização da SMDS com a Secretaria Municipal de Saúde, a Defensoria Pública, o Ministério Público e a Delegacia Contra a Intolerância levou exames e orientações gratuitas, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em 28 de junho.

Para o secretário de Desenvolvimento Social, Léo Voigt, essa ação é um discurso ativo dos direitos já alcançados. “A vida é desafiadora para quem tem uma identidades que sofre resistência na sociedade, e essas resistências se vencem com conscientização, educação, mas também com denúncia e dentro do sistema de justiça sempre que for necessário”, afirmou Voigt. Ele destacou, ainda, que as duas paradas de luta da Capital são a representação de um avanço no tema. “Em Porto Alegre nós temos um avanço civilizatório importante que deve ser reconhecido, fortalecido e mantido”.

A coordenadora dos Direitos de Diversidade Sexual e Gênero, Camila Rodrigues, ressaltou que as parcerias com os órgãos de defesa e proteção são fundamentais. “O Brasil ainda é um país muito violento para as pessoas LGBTQIA+. O sentimento geral é que todo dia é uma luta. Nós e a prefeitura estamos aqui para mudar essa realidade”, afirmou Camila.

À frente da Delegacia Contra Intolerância, a delegada Andrea Mattos reiterou a urgência de se fazer registro de casos de homo ou transfobia, preconceito e agressão. “Acredito que ainda exista uma subnotificação muito grande em relação a crimes contra a comunidade LGBTQIA+. É importante que saibamos a situação real, porque todas as informações se transformam em ferramentas para o desenvolvimento de políticas públicas”, explicou.

O promotor de justiça, Leonardo Menin, afirmou que o Ministério Público atua todos os dias no enfrentamento das questões relativas à comunidade LGBTQIA+. “Nosso papel é representar essa população, seja resultante de denúncias criminais, seja defendendo questões cíveis coletivas, além de garantir o reconhecimento da igual dignidade social”.

Segundo a defensora pública, Aline Palermo, as atividades da Defensoria Pública do Estado são especialmente voltadas às pautas sensíveis, não só no Mês do Orgulho, como em todos os dias do ano. O coordenador de Diversidade Sexual da Secretaria Estadual de Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, Dani Morethson, disse que a cada ano Porto Alegre se torna referência no desenvolvimento de políticas públicas para a população LGBTQIA+.

Das 10h às 16h, as pessoas que circularam no Largo Glênio Peres puderam fazer testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais, realizados pela SMS. Também foram distribuídos preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante, além de material informativo sobre infecções sexualmente transmissíveis.

Eduarda Alcaraz

Andrea Brasil

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