Encontro debate o suicÃdio juvenil
 Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa comete suicÃdio no mundo. No Brasil, todos os dias 31 pessoas tiram a própria vida, sendo o nosso paÃs o oitavo em números absoluto de suicÃdios. Com o intuito de mudar estas estatÃsticas, a Unidade de PolÃticas para Juventude/Diretoria Geral de Direitos Humanos (DGDH) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) promoveu, nesta segunda-feira, 19, o Seminário de Atenção à Saúde Mental da Infância e Juventude.
O encontro, que ocorreu das 8h30 à s 17h30, na Cinemateca do Capitólio, foi voltado para educadores e entidades que atuam com crianças e adolescentes. Conforme Filipe Tisbierek, coordenador da Unidade de Politicas  para a Juventude/SMDSE, o seminário foi, acima de tudo, uma capacitação com o intuito de fomentar a prevenção do suicÃdio: “O objetivo é dar visibilidade para a pauta, que por vezes é velada e tem muitos tabus. Compartilhar Ãndices e pesquisas alertando e orientando os profissionais de diferentes áreas que trabalham com estas faixas etárias.†Ele ainda complementou: “A ideia é dar continuidade a esse movimento com o seminário, capacitando os mais diversos profissionais que atuam com crianças, adolescentes e jovens. A professora de balé, o professor da escolinha de futebol etc, pessoas que muitas vezes têm mais proximidade e convÃvio com as crianças do que a própria famÃlia.â€
Diversas palestras marcaram o evento, com as temáticas construção social do suicÃdio, segurança e bem estar nas redes sociais, prevenção ao bullying e ao suicÃdio. Rosane Voltolini, psicóloga e coordenadora de programas internacionais que promovem saúde mental para crianças, jovens e adultos da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (Asec) trouxe a palestra “Competências Socioemocionais como Promoção para a Saúde Mentalâ€. “Por que validamos a dor fÃsica e ignoramos a dor emocional, que é calada e silenciosa? As crianças, em especial, precisam de acolhimento. Precisam que nós validemos e respeitemos suas dores, em nome do cuidado.†Para ela, o suicÃdio jamais será uma escolha. “As pessoas se suicidam por não encontrarem alternativa para aliviar a dor emocional que sentem. Sem alivio, a dor pode roubar o discernimento e levar a um ponto que é difÃcil voltar sozinhoâ€, explica.
O encerramento contou com a exibição e debate de “Yonluâ€, de Hique Montanari. O filme conta a história real do músico gaúcho que cometeu suicido em 2006, aos 16 anos. Além disso, houve a assinatura do Pacto pela Vida, comprometendo as organizações e a sociedade civil que estiveram representadas no seminário com a organização de ações e atividades de preservação, alusivas ao “setembro amareloâ€.
O seminário foi uma realização da Unidade de PolÃticas para Juventude da Diretoria Geral de Direitos Humanos (DGDH/SMDSE) em parceria com a Rede Pró-Educar e com o apoio das instituições: Associação pela Saúde Emocional de Crianças (Asec), Centro de Valorização da Vida, Cinemateca Capitólio – SMC, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Container Filmes, Facebook Brasil, Federação Espirita do Rio Grande do Sul, Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Instituto de Neuropsicologia do Rio Grande do Sul, Instituto Elos que Empoderam, Lança Filmes e Rede Juventudes.
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Gilmar Martins