Encontro debate o suicídio juvenil

19/08/2019 17:44
Ricardo Giusti/PMPA
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ESPORTE
Evento na Cinemateca do Capitólio foi voltado para educadores e entidades

 Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. No Brasil, todos os dias 31 pessoas tiram a própria vida, sendo o nosso país o oitavo em números absoluto de suicídios. Com o intuito de mudar estas estatísticas, a Unidade de Políticas para Juventude/Diretoria Geral de Direitos Humanos (DGDH) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) promoveu, nesta segunda-feira, 19, o Seminário de Atenção à Saúde Mental da Infância e Juventude.

O encontro, que ocorreu das 8h30 às 17h30, na Cinemateca do Capitólio, foi voltado para educadores e entidades que atuam com crianças e adolescentes. Conforme Filipe Tisbierek, coordenador da Unidade de Politicas  para a Juventude/SMDSE, o seminário foi, acima de tudo, uma capacitação com o intuito de fomentar a prevenção do suicídio: “O objetivo é dar visibilidade para a pauta, que por vezes é velada e tem muitos tabus. Compartilhar índices e pesquisas alertando e orientando os profissionais de diferentes áreas que trabalham com estas faixas etárias.†Ele ainda complementou: “A ideia é dar continuidade a esse movimento com o seminário, capacitando os mais diversos profissionais que atuam com crianças, adolescentes e jovens. A professora de balé, o professor da escolinha de futebol etc, pessoas que muitas vezes têm mais proximidade e convívio com as crianças do que a própria família.â€

Diversas palestras marcaram o evento, com as temáticas construção social do suicídio, segurança e bem estar nas redes sociais, prevenção ao bullying e ao suicídio. Rosane Voltolini, psicóloga e coordenadora de programas internacionais que promovem saúde mental para crianças, jovens e adultos da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (Asec) trouxe a palestra “Competências Socioemocionais como Promoção para a Saúde Mentalâ€. “Por que validamos a dor física e ignoramos a dor emocional, que é calada e silenciosa? As crianças, em especial, precisam de acolhimento. Precisam que nós validemos e respeitemos suas dores, em nome do cuidado.†Para ela, o suicídio jamais será uma escolha. “As pessoas se suicidam por não encontrarem alternativa para aliviar a dor emocional que sentem. Sem alivio, a dor pode roubar o discernimento e levar a um ponto que é difícil voltar sozinhoâ€, explica.

O encerramento contou com a exibição e debate de “Yonluâ€, de Hique Montanari. O filme conta a história real do músico gaúcho que cometeu suicido em 2006, aos 16 anos. Além disso, houve a assinatura do Pacto pela Vida, comprometendo as organizações e a sociedade civil que estiveram representadas no seminário com a organização de ações e atividades de preservação, alusivas ao “setembro amareloâ€.

O seminário foi uma realização da Unidade de Políticas para Juventude da Diretoria Geral de Direitos Humanos (DGDH/SMDSE) em parceria com a Rede Pró-Educar e com o apoio das instituições: Associação pela Saúde Emocional de Crianças (Asec), Centro de Valorização da Vida, Cinemateca Capitólio – SMC, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Container Filmes, Facebook Brasil, Federação Espirita do Rio Grande do Sul, Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Instituto de Neuropsicologia do Rio Grande do Sul, Instituto Elos que Empoderam, Lança Filmes e Rede Juventudes.

 

Eduarda Ferreira ( estagiária) / Supervisão: Maria Emilia Portella

Gilmar Martins