A secretária municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, Denise Russo, conversou com o grupo e verificou como está a adaptação das famílias na cidade. “O nosso objetivo é possibilitar, em um breve período, que vocês tenham autonomia e possam seguir caminhando sozinhos. Esses encontros vão possibilitar que vocês tenham uma proximidade com a língua portuguesa e possam se comunicar melhor, especialmente aqueles que vão iniciar em postos de trabalho”, disse.

Vendo a dificuldade de comunicação como um fator de isolamento dos imigrantes, o acadêmico Geraldo Rocha Neto idealizou o projeto. “Um dos maiores desafios é aprender a língua para ter autonomia para lidar com as situações do cotidiano. Não faremos um aprofundamento na língua, nosso objetivo é darmos condições para eles se comunicarem melhor”, esclarece. Geraldo e um grupo de colegas montaram uma "geloteca" (biblioteca em uma geladeira descartada) com livros adultos e infantis para que o grupo possa se familiarizar ainda mais com o idioma.

Acompanhada pelo coordenador do projeto Brasil Sem Fronteiras no acolhimento aos refugiados, em Porto Alegre, Claudeson Campos, a secretária também visitou uma das casas. Uma das moradoras do local, Maria Alejandra Amundaray Seco, 26 anos, mostrou o espaço e disse que fazem caminhadas na região para conhecerem onde residem. Duas pessoas já conseguiram emprego, e ela já está cadastrada no Sine Municipal a espera de uma vaga.

Também participaram do encontro técnicos do Sine Municipal e da Coordenadoria dos Povos Indígenas e Direitos Específicos.