Venezuelanos têm emprego e crianças matriculadas em Porto Alegre

05/12/2018 16:57
Após dois meses da chegada de 70 venezuelanos a Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) faz um balanço dos serviços prestados e da adaptação dos refugiados ao novo lar. As 14 crianças em idade escolar foram matriculadas na rede pública municipal para o próximo ano letivo e, entre 45 adultos aptos ao trabalho, dez estão empregados e 14 em fase de contratação.

No final de setembro, a Capital se integrou ao programa de interiorização do Governo Federal, em relação aos venezuelanos que chegaram em Roraima, e 70 imigrantes foram acolhidos na instituição Aldeias Infantis SOS, na parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), que assumiu os custos financeiros do acolhimento.

A secretária Denise Russo disse que Porto Alegre cumpre seu papel cidadão ao participar da ajuda humanitária. "A responsabilidade da prefeitura nesse processo é fazer o acolhimento social, no sentido de dar acesso às redes de assistência, saúde, educação e trabalho. Realizamos um curso de português para terem mais familiaridade com a língua. A prefeitura, por meio da SMDSE, deu condições para eles darem os primeiros passos na nova caminhada, e estamos satisfeitos com os resultados até aqui obtidos”, afirmou.  

Acolhimento - Assim que chegaram a Capital, uma equipe formada por técnicos da Fundação de Assistência e Cidadania (Fasc), da Secretaria Municipal da Saúde e da Unidade dos Povos Indígenas e Direitos Específicos da SMDSE, fez o cadastro das famílias e o diagnóstico das necessidades. A recepção acolhedora e a estrutura das casas animaram os imigrantes para a nova vida. A equipe da Campanha do Agasalho distribuiu kits de roupas para todas as famílias e a Fasc fez a doação de cobertores.

Trabalho - A Coordenadoria-Geral do Trabalho, Emprego e Renda, por meio da equipe do Sine Municipal, realiza um trabalho contínuo de cadastro e acompanhamento dos venezuelanos para acesso ao mercado de trabalho. Dos 45 adultos aptos, dez estão empregados e 14 em fase de contratação por encaminhamento do Sine.

Saúde -  A agilidade e eficiência da equipe da Secretaria da Saúde foi elogiada pelos refugiados que são atendidos, especialmente, na Unidade de Saúde Santo Agostinho que conta com duas médicas venezuelanas na equipe. Eles também têm acesso aos medicamentos na farmácia distrital e ao Pronto Atendimento da região.

Educação -  Todas as crianças em idade escolar já estão inscritas no sistema de vagas para 2019.

Inclusão Social - A secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) em parceria com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) ofereceu o curso de português para as famílias venezuelanas que estão abrigadas na Aldeias Infantis SOS. Com dez encontros de três horas cada, as aulas foram ministradas pelos acadêmicos de letras sob a coordenação da professora Magali Menti, na sede da Aldeias em Porto Alegre. As famílias receberam também oficina de empreendedorismo, artesanato e atividades lúdicas para as crianças. A Aldeias SOS contratou uma assistente social para trabalhar especificamente no atendimento aos venezuelanos.

Documentação- Todos os imigrantes vieram com a documentação civil completa (carteira de trabalho,CPF e protocolo da Polícia Federal). Muitos já vieram com o Cadastro Único e já recebendo o Bolsa Família. Foram realizadas 19 atualizações e dez cadastros novos. A Polícia Federal realizou uma palestra especial para esclarecimento da renovação do protocolo de solicitação de refúgio.

A Aldeias Infantis SOS, Associação Antonio Vieira (Asav) e a ONG África do Coração, com apoio da SMDSE, estão organizando um evento de Natal para os refugiados, que será realizado dia 22 de dezembro.

  

 

Maria Emília Portella

Gilmar Martins

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