Pedro Piegas / PMPA

Trinta alunos de Porto Alegre participaram da Maratona Escola do Futuro, um grande programa de empreendedorismo e inovação, desenvolvido pelo Instituto de Transformação Digital. Os estudantes, divididos em cinco times de três colégios, tiveram três semanas para elaborar os projetos. Eles aprenderam e aplicaram conceitos como ideação, prototipagem, criação da apresentação e pitch.

Os trabalhos foram examinados por uma banca de avaliação na tarde desta sexta-feira, 23, na sede do Instituto Caldeira. O principal desafio foi elaborar projetos que trouxessem soluções para problemas reais identificados nos locais onde estudam.

Foram três times da Fundação Pão dos Pobres, um time da Escola Municipal de Ensino Fundamental Martim Aranha, um time da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire e um time do projeto Teu Futuro, do grupo Atitus Educação, que cedeu o espaço para as etapas da maratona. Os trabalhos abordaram acessibilidade nos prédios, obras de melhorias e adaptação nos banheiros, distribuição de absorventes para estudantes, adesão ao Novo Ensino Médio, obras nos pisos e pracinhas, acesso a espaços multimeios, maior utilização dos laboratórios de informática, entre outros temas.

As notas consideraram os seguintes itens: desafio/problema, alinhamento, diferenciais, potencial e viabilidade. Os dois últimos tiveram peso maior, pois os projetos precisam ser viáveis para serem postos em prática. O projeto melhor pontuado será anunciado nos próximos dias, após o cálculo das planilhas dos jurados. 

Entre as autoridades da banca, estavam a secretária de Educação e o secretário de Inovação de Porto Alegre, Sônia Rosa e Luis Carlos Pinto, e a secretária de Educação do Estado, Raquel Teixeira, além de professores e empresários que atuam na área de tecnologia e inovação.

Para a secretária Sônia Rosa, a Maratona da Escola do Futuro tem muito a ver com o que os gestores públicos devem buscar: "A Educação precisa exatamente disso, de soluções inovadoras e modernas, mas, ao mesmo tempo, acessíveis, que possam ser colocadas em prática e que melhorem o ensino e a aprendizagem. A tecnologia precisa estar nas escolas de forma inclusiva", destacou. 

Conforme o presidente do ITD, Paulo Kendzerski, a maratona termina mas o projeto continua. "Vamos para dentro das escolas. Falar com professores, diretores, gestores públicos. Esses trinta jovens serão acompanhados até entrarem no mercado de trabalho, com a nossa assessoria. Desenvolver a habilidade empreendedora e inovadora dos alunos de hoje é um dos caminhos mais eficientes para formar os profissionais do futuro".