Previdência Complementar é apresentada em audiência pública na Câmara
O secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, apresentou em audiência pública na Câmara de Vereadores, na noite desta quinta-feira, 2, o Projeto de Lei Complementar nº 009/21, que altera a forma de gestão do Regime de Previdência Complementar (RPC) para os servidores públicos titulares de cargo efetivo no Município de Porto Alegre.
De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, com esta medida a prefeitura deixa de criar uma nova fundação publica, com altos custos, para aderir a um plano de uma entidade já existente, que será escolhida por um processo seletivo público para gerir a previdência complementar de Porto Alegre. “Seguiremos a determinação da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas, preservando os princípios constitucionais e basilares da Lei Geral como a transparência, a economicidade, a eficiência e a publicidade”, assegurou o secretário.
Conforme o secretário, a principal característica na implementação do Regime de Previdência Complementar é a limitação das aposentadorias dos servidores efetivos, pagas pelo Previmpa, limitadas ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), atualmente em R$ 6.433,57.
Em contrapartida, para os servidores com remuneração acima deste teto, passam a ter o direito de ingressar num plano de previdência complementar com contribuições feitas pelo servidor e também pelo Município, garantindo uma reserva para suplementar as aposentadorias e pensões no futuro. “Estamos propondo uma solução ganha-ganha, menores os custos para o Município e maior o benefício futuro dos servidores”, afirma Fantinel.
Vantagens:
Para o Município de Porto Alegre será melhor por ser menos onerosa, mais segura, além da administração municipal não precisar se envolver na complexa gestão do seu RPC, evitando, inclusive, a cedência de qualificados servidores ou contratação de novos.
Para os novos servidores municipais e aos migrantes haverá a vantagem de participar de uma entidade com maior escala, consequentemente menor taxa administrativa e de carregamento, com maior benefício previdenciário futuro. Estudos indicam que apenas 1% de taxa de administração a mais pode reduzir a reserva acumulada (aposentadoria) futura em 20%.
O objetivo, segundo o Executivo, é adotar uma alternativa mais eficiente em relação à aplicação dos recursos públicos necessários para a estruturação do RPC e que possa gerar mais benefícios previdenciários para os servidores que optem pela adesão.
A medida só atingirá os novos servidores que ingressarem e os atuais que facultativamente optarem por migrar de regime previdenciário, quando concluírem ser mais vantajoso. Os impactos das alterações propostas são positivos para o Município e também para os servidores municipais.
Gilmar Martins