Artigo: Porto Alegre, cidade resiliente
Na primeira semana de outubro, Porto Alegre foi uma das 20 cidades convidadas a participar do Global Resilience Forum. Este evento, que reuniu lÃderes e especialistas em resiliência de todo o mundo, proporcionou uma plataforma valiosa para que nossa cidade compartilhasse suas visões e compromissos em relação à abordagem interdisciplinar da resiliência, que não se limita apenas ao meio ambiente ou à resposta a emergências e desastres, mas também considera outras dimensões crÃticas, em várias áreas.
Porto Alegre foi uma das pioneiras a integrar redes internacionais sobre o tema. Recentemente, a Capital atingiu marcos significativos, incluindo a conquista do certificado de HUB de Resiliência, conferido pelo Escritório das Nações Unidas para Prevenção de Desastres (UNDRR), que contempla a iniciativa MCR2030, bem como, a criação do Comitê Permanente de Resiliência. Este comitê será liderado pela Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação PolÃtica com a participação de mais de 20 órgãos de governo, sendo presidido pelo prefeito Sebastião Melo, sinalizando o compromisso da administração com esse processo.
O comitê tem o propósito de revisar a estratégia da cidade, alinhando-a com os padrões internacionais e, ao mesmo tempo, com as diretrizes da gestão. Questões complexas - como adaptação às mudanças climáticas, promoção de produção orgânica e ajustes rápidos no mercado de trabalho, mudança da matriz energética do transporte público para ônibus elétricos, educação e cultura da paz - exigem a complementaridade das competências de diversas áreas, bem como uma coordenação eficaz. Liderança personalizada no chefe do Executivo, cuja história de vida reflete o conhecimento sobre o que é resiliência e a importância da ação integrada e consciente de que as entregas devem ser para a população.
A cidade mundialmente conhecida pela participação popular, em ações do Orçamento Participativo, amplia seu posicionamento na gestão de uma outra governança em rede e que, em breve, dialogará também com as regiões do OP que são mais do que regiões geográficas, são unidades de desenvolvimento social e econômico e territórios da resiliência. Ouvimos globalmente para aplicar localmente. E essa dinâmica nos fortalece. A cidade tem pressa e ações de resiliência intersetoriais são essenciais para pavimentar o caminho que proporcione efetividade para lidar com as complexidades atuais de forma mais célere e consistente.
Cassio Trogildo
Secretário Municipal de Governança Local e Coordenação PolÃtica de Porto Alegre
Artigo publicado na edição de 20 de outubro do Jornal do Comércio
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Cristiano Vieira