Orla trecho 3 é aprovada por pessoas com deficiência em teste de acessibilidade
O trecho 3 da Orla do Guaíba, que será aberto ao público no próximo sábado (23) foi projetado e executado visando ser 100% acessível. Para garantir a funcionalidade das intervenções realizadas, a Prefeitura realizou nesta quinta-feira, 21, uma série de testes com cadeirantes, cegos e pessoas com mobilidade reduzida.
A ação, realizada em toda a extensão do trecho, teve por objetivo apontar possíveis ajustes necessários. “Queremos garantir que o espaço seja para todos. Para a execução da obra foi contratada uma equipe especializada em intervenções em acessibilidade composta por 12 funcionários. Investimos cerca R$ 550 mil reais, exclusivamente em intervenções em acessibilidade”, destaca o secretário de Obras e Infraestrutura (SMOI), Pablo Mendes Ribeiro.
Os passeios executados na obra, foram feitos em blocos, medidos separadamente. Em relação à acessibilidade, além das inúmeras rampas de acesso, dos corrimãos próximos à arquibancadas, e das vagas reservadas no estacionamento, foi executada a rota tátil. “Esta rota é composta por piso podotátil, de dois tipos, o direcional e o de alerta, utilizado para sinalizar obstáculos. Para a instalação do piso foram realizados 100 mil furos em toda a extensão do trecho” explica a Coordenadora de Projetos e Obras para Acessibilidade da SMOI, Alda Gislaine. Além das intervenções para mobilidade, banheiros, vestiários e até os playgrounds possuem equipamentos para garantir acessibilidade.
Outra intervenção voltada à acessibilidade foi a execução de uma conexão entre a Orla trecho 3 e o Parque Marinha do Brasil, pela avenida Edvaldo Pereira Paiva. Anteriormente, o caminho entre a Orla e o Marinha era dificultado devido ao canteiro central existente. No local foi construída uma grande rampa, acessível, que é seguida de uma passagem de nível, que deixa a via no mesmo nível da calçada; Sendo assim, não há necessidade de rampas, o que deixa a travessia mais segura. Neste acesso está localizado o mapa tátil, onde o deficiente visual terá todas as informações em braille.
As adaptações no projeto garantiram que a revitalização esteja de acordo com o Plano Diretor de Acessibilidade (LC678/11), com o Decreto Municipal 17.302/11, além de cumprir as normativas técnicas exigidas pela NBR 9050, que regulamenta a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos no Brasil. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23% dos porto-alegrenses possuem algum tipo de deficiência.
Para o diretor de Acessibilidade e Inclusão Social da SMDS, William Cabral Tempel, o olhar atento da gestão municipal de assegurar a acessibilidade na Orla demonstra um tratamento mais igualitário. “ A verdadeira inclusão social se dá quando há esse cuidado para que nenhum local da cidade fique sem acessibilidade. Que todas as opções de lazer, trabalho e oportunidades na Capital possam ser aproveitadas por todos os cidadãos de forma igual”, declarou.
Os testes realizados na Orla trecho 3 contaram com a presença de representantes da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (ACERGS), APAE Porto Alegre, Associação de Familiares e Pessoas com Autismo (AFAPA), União de Cegos do Rio Grande do Sul (UCERGS), Autismo & Vida e dos servidores Liza Cenci, cadeirante, Adilso Corlassoli, e do assessor técnico Leonardo Bastianello.
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