Letícia Breda

Representantes de 17 secretarias e outros órgãos municipais participaram de um encontro para tratar dos futuros Complexos Integrados Sustentáveis. As estruturas fazem parte do pacote de ações do POA Territorial, programa financiado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). Nos encontros, gestores e técnicos receberam orientações sobre urbanismo social, cuja premissa é colocar as pessoas no centro das decisões e promover cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.

Outro destaque foi a apresentação do Centro Comunitário da Paz (Compaz), iniciativa do Recife reconhecida por seu impacto social. O modelo servirá de referência para os equipamentos que serão erguidos na capital gaúcha. O workshop ocorreu na quinta-feira, 27, e sexta-feira, 28. 

O secretário de Planejamento e Gestão de Porto Alegre, Cezar Schirmer, ressaltou que os dois dias de trabalho foram marcados pelo caráter colaborativo e pelo cuidado do governo com a área social. “A implantação dos Complexos Integrados será resultado de um esforço que vai envolver diversas secretarias municipais. Um trabalho que reafirma o compromisso da Prefeitura de Porto Alegre de aliar cuidado com as pessoas e desenvolvimento urbano”, afirmou. 

O grupo visitou os locais das futuras instalações na quarta-feira, 26. A atividade possibilitou que os participantes conhecessem a realidade das comunidades que serão beneficiadas com as novas estruturas. Murilo Cavalcanti, consultor do POA Territorial e idealizador do Compaz, demonstrou entusiasmo com o trabalho já realizado na Capital. “Eu volto para minha terra convencido de que em breve Porto Alegre vai ter o programa mais consistente do Brasil em cidadania e inclusão. Vai ser um divisor de águas na cidade”, destacou. 

POA Territorial - Coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão, o programa busca reduzir a vulnerabilidade social, ambiental e climática em áreas densamente povoadas da capital gaúcha. Com financiamento da CAF e contrapartida da administração municipal, o investimento será de US$ 100 milhões. O projeto prevê a implantação de complexos sustentáveis focados na inclusão, resiliência urbana e participação cidadã. Também está previsto um sistema de alerta, além de formação profissional, fortalecimento de redes comunitárias e mecanismos inovadores de gestão.