Ação amplia acesso de pessoas trans a unidades de saúde
Para qualificar o atendimento das equipes da atenção primária a pessoas trans, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desenvolve a ação Transdiálogos, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). O objetivo é sensibilizar os profissionais, desde o acolhimento inicial nas unidades de saúde até a consulta específica, livres de preconceito ou discriminação.
A técnica da área de Saúde Integral LGBTQI+ da SMS, Simone Ávila, explica que o projeto faz parte de uma estratégia de educação continuada junto às equipes dos postos. “A ideia é estimular um bom atendimento, que seja qualificado e atenda às especificidades desse público, entre elas o respeito ao nome social, por exemplo”, diz Simone. Até o momento, 934 profissionais já foram capacitados.
Segundo a oficial do projeto LGBTQI+ do Pnud/Unaids, Lilia Rossi, Porto Alegre é uma das poucas capitais brasileiras que desenvolve ação específica direcionada a profissionais de saúde, exemplo a ser replicado no resto do país. “Ampliar o acesso aos serviços, com qualidade no atendimento, está no eixo das agendas de respeito à diversidade do PNUD e de Zero Discriminação do Unaids”, comenta Lilia. “Se ampliamos o acesso à saúde no sentido de reduzir estigmas e dificuldades, também estamos promovendo os direitos humanos de forma igualitária”, avalia.
Desenvolvida na Capital desde janeiro de 2014, a ação Transdiálogos é organizada e executada atualmente pela equipe de Saúde Integral LGBTQI+ da SMS. Até março deste ano, estava a cargo da Coordenação de Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/Aids da SMS. A iniciativa é feita em parceria com a Igualdade (Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Rio Grande do Sul) e o coletivo Homens Trans em Ação (HTA), com apoio do Pnud/Unaids. Desde o início do projeto, 78 unidades de saúde da Capital receberam a capacitação.
Andrea Brasil