Avança projeto para construção de maternidade no Hospital da Restinga

25/06/2024 15:55
Maia Rubim/ PMPA
saúde
Novo serviço seria capaz de absorver mais de 7,5 mil partos por ano de Porto Alegre e cidades vizinhas

Reivindicação da comunidade local há mais de quatro décadas, o projeto de construção da maternidade que atenderá pelo SUS na região Extremo-Sul de Porto Alegre recebeu, na segunda-feira, 24, parecer favorável do Ministério da Saúde. O complexo de assistência materna e pediátrica será construído em anexo ao Hospital da Restinga e Extremo-Sul, localizado no bairro Restinga. A proposta passará por análise econômica, avaliada inicialmente em R$ 103 milhões, sendo R$ 54 milhões para a primeira etapa, que abrange a construção. O restante será utilizado para equipamentos.

A maternidade prevê a criação de 91 leitos, passando a oferecer assistência às populações da Restinga, Extremo-Sul (bairros Belém Novo, Chapéu do Sol, Lageado, Lami e Ponta Grossa) e Lomba do Pinheiro, que contam com cerca de 150 mil habitantes, sendo mais de 50% mulheres. Grande parte da população está em situação de vulnerabilidade e risco social nesses territórios definidos para referência da maternidade, que também considera atendimento a outros municípios da Região Metropolitana, como Viamão, Alvorada e Cachoeirinha.

“O mapeamento das áreas nos mostra que este é um projeto extremamente importante para a região, que atualmente não dispõe de maternidades nas instituições hospitalares. É fundamental trazermos os atendimentos para mais perto das pessoas, melhorando a assistência materno-infantil, acessibilidade e qualidade nos serviços e promover a redução das desigualdades sociais e econômicas”, destaca o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

Com a efetivação, a maternidade soma-se a outros cinco serviços SUS em Porto Alegre: hospitais de Clínicas, Nossa Senhora da Conceição, Materno Infantil Presidente Vargas, Santa Casa e Fêmina. Conforme dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), seria capaz de absorver mais de 7,5 mil partos por ano – de moradores de Porto Alegre e municípios vizinhos. Atualmente, as maternidades da Capital operam acima da capacidade de atendimento.

Acesso facilitado - Conforme a assessora técnica da área na Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Rosa Vilarino, o fato de ter uma maternidade na Zona Sul de Porto Alegre facilitaria o acesso e aumentaria a adesão das pacientes ao acompanhamento pré-natal, considerando o absenteísmo verificado atualmente nos serviços de média e alta complexidade em regiões mais centralizadas. “Todos os casos graves de gestantes dessas localidades seriam atendidos na maternidade na Zona Sul, o que contribuiria para a redução nos índices de mortalidade infantil da região”, avalia.

Como funcionará a distribuição de leitos?

Centro de Parto Normal - 5
Suítes PPPs (pré-parto, parto e pós-parto) - 5
UTI materna - 10
UTI neonatal - 10
UCI neonatal - 10
UCI neonatal canguru - 5
Alojamento conjunto - 31
Enfermaria de alto risco - 15

 

Carolina Zeni

Gilmar Martins