A vigilância epidemiológica de Porto Alegre recebeu 1.696 notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre moradores da Capital até 23 de setembro. Do total, 64,4% são de crianças de até 12 anos (1.092 casos). Os dados estão publicados no Boletim de Vigilância de Vírus Respiratórios 6.

Os dados são cumulativos até o dia 23 (semana epidemiológica 38). A notificação é feita em casos de internação hospitalar. Do total, 1.401 evoluíram para cura e 143 para óbito. Ainda há casos em investigação. Em relação aos óbitos, a taxa de letalidade geral se mantém estável em relação ao boletim lançado em 23 de agosto, atingindo 8,5% no período. A letalidade de SRAG por Covid-19 permanece a mais elevada (25,4%) seguida pelas SRAG por Influenza e SRAG não especificada, que atingiram taxas de letalidade de 11,1% e 7,8%, respectivamente. Esses dados também apresentam estabilidade em relação ao boletim anterior.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada por quadro de síndrome gripal (SG) que evolui para quadro grave com comprometimento da função pulmonar e necessidade de hospitalização. As causas virais mais importantes atualmente são os subtipos da Influenza, A e B, Vírus Sincicial Respiratório e Sars-COV-2 (coronavírus), que circulam concomitantemente em nosso meio.

O boletim informativo, durante a Operação Inverno, foi lançado quinzenalmente. A periodicidade atual é mensal, podendo sofrer alteração de acordo com o cenário epidemiológico.

O boletim também traz informações sobre o painel com dados públicos sobre condições respiratórias em Porto Alegre. O BI das doenças respiratórias de Porto Alegre foi construído em parceria da Secretaria Municipal de Saúde, por meio das equipes de vigilância de doenças Transmissíveis e de Doenças e Agravos não Transmissíveis da Diretoria de Vigilância em Saúde, com a Procempa.

A diretora em exercício da Vigilância em Saúde, da SMS, Juliana Pinto, explica que a ferramenta abrange dados  sobre SRAG e internações gerais por condições respiratórias, permitindo a identificação das principais doenças que geram internações por causas respiratórias na cidade, os serviços envolvidos e a proporção de internações por condições respiratórias frente ao total de internações em cada faixa etária.

O boletim informativo está disponível no endereço indicadores.procempa.com.br/doencasrespiratoriaspoa.