Capital qualifica acesso da população a leitos hospitalares
A implementação gradual de leitos clínicos nos hospitais Santa Ana e Restinga Extremo-Sul possibilitou o aumento do número de internações reguladas a partir de dezembro de 2018. Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na área de Atenção Hospitalar, tal fato proporcionou a melhora no tempo de resposta entre a solicitação e a autorização da internação.
Em fevereiro deste ano, 74% das solicitações para enfermaria adulto tiveram a internação autorizada nas primeiras 24 horas. Com a implementação gradual dos leitos de UTI em ambos os hospitais, também observa-se um aumento significativo de internações reguladas para leitos de UTI adulto, sendo que 77% das solicitações foram alocadas em até 24 horas, no mesmo mês. No período de inverno, existe aumento de demanda para leitos de UTI adulto, o que pode ampliar o tempo de resposta.
O coordenador de Atenção Hospitalar da SMS, João Marcelo Fonseca, avalia que a economicidade é percebida no bom funcionamento das instituições. “Elas auxiliam todo o sistema hospitalar, seja na alta complexidade, melhor reabilitação dos pacientes ou possibilidade de atender o público da Restinga sem deslocamento”, afirma. Segundo ele, isso dá mais dinamismo à rede, com retorno adequado do investimento em qualidade no atendimento à população.
A contratualização de prestadores hospitalares no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) é feita com base na portaria 3.410, de dezembro de 2013, do Ministério da Saúde. O regramento solicita avaliação dos indicadores do contrato a cada quadrimestre, considerando critérios quantitativos e qualitativos. “São três avaliações anuais, feitas com a participação de diferentes setores da saúde, pelas comissões de acompanhamento de contrato”, explica Fonseca.
Como critérios quantitativos, têm-se o número de pacientes atendidos, de procedimentos cirúrgicos ou consultas, por exemplo. No aspecto qualitativo, avalia-se tempo de espera na emergência, taxa de infecção hospitalar, taxa de infecção de catéter ou complicações relacionadas à segurança do paciente. “A Comissão de Acompanhamento de Contratos é um espelho dos itens do chamamento, ou seja, analisa não só quantidade de coisas a serem feitas, mas a qualidade do serviço oferecido”, comenta o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer.
Santa Ana - Aberto em setembro de 2018 para servir de retaguarda a outros hospitais e pronto-atendimentos em casos de alta complexidade, o Hospital Santa Ana implementou os serviços gradativamente, completando o portfólio em fevereiro. Administrado pela Associação Educadora São Carlos (Aesc), mantenedora do Hospital Mãe de Deus, atende 100% pelo SUS e oferece atualmente 204 leitos, sendo 139 clínicos, 55 psiquiátricos e dez de UTI adulto, todos monitorados pelo Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint/SMS).
Restinga - O Hospital Restinga Extremo-Sul era gerido pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento até agosto do ano passado, oferecendo 52 leitos clínicos e dez de pediatria. A partir de setembro, com a administração da Associação Hospitalar Vila Nova, foram disponibilizados novos leitos, ampliando para 90 leitos clínicos, 13 pediátricos e dez de UTI adulto. Atualmente, o hospital atende entre 6 e 8 mil pacientes por mês na emergência. A regulação de leitos se dá por solicitação de internação de um pronto-atendimento ou hospital (transferência) cadastrado no sistema Gerint.
Gilmar Martins