Mateus Raugust / PMPA

O atendimento de casos de parada cardiorrespiratória ganhou um importante reforço em Porto Alegre. A prefeitura adquiriu dispositivos de alta tecnologia com sistema de compressão torácica automático, que serão utilizados por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A entrega simbólica foi realizada nesta quinta-feira, 8, na sede do serviço.

São 12 unidades compradas com recursos do governo federal e estadual vinculados ao Samu e uma com verba de emenda parlamentar. Cada item custou R$ 97 mil, totalizando R$ 1,2 milhão em investimentos.

O prefeito Sebastião Melo reconhece que, mesmo que a pandemia tenha impactado nas finanças da saúde, a prefeitura tem feito um esforço para modernizar os atendimentos de emergência. "O Samu Porto Alegre, que foi o primeiro do Brasil, é um serviço muito querido pela nossa cidade, com profissionais reconhecidos e que precisam de materiais com tecnologia de ponta para aumentar a chance de salvar vítimas de emergências cardiovasculares", destaca.

A aquisição ocorre em função do alto número de atendimentos em parada cardiorrespiratória feito na Capital – em torno de 500 por ano. “Esta é uma inovação tecnológica excelente, estamos satisfeitos em garantir ainda mais qualidade nos atendimentos ao cidadão”, afirma o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta.

Conforme o coordenador-geral do Samu, Günther Ayala, a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são fundamentais nos resultados dos atendimentos, ampliando as chances de sobrevivência das vítimas e reduzindo sequelas. “O salto tecnológico é enorme, como se saíssemos da tevê de tubo direto para o sistema ultra HD”, compara Ayala. Além disso, o uso do dispositivo libera um dos integrantes da equipe para outras funções da cena do atendimento.

Denominado Lucas 3.0, o sistema fornece compressões torácicas contínuas de alto desempenho, uniformes e calculadas para o biotipo de cada paciente. O Samu Porto Alegre será o primeiro do país a utilizar o dispositivo, já adotado em muitos serviços no mundo. No Brasil, mais de um terço das mortes decorre de causas cardiovasculares.

Também estavam presentes durante a visita o diretor de Atenção Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Francisco Isaías, o coordenador municipal de Urgências, Daniel Faria Corrêa, e os vereadores Cláudia Araújo e Jessé Sangalli.