Formação aborda incapacidade física decorrente de hanseníase

04/10/2022 13:37
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Objetivo é incentivar o acompanhamento e cuidado continuado após alta por cura nas unidades de saúde

Profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participam nesta semana de qualificação sobre incapacidades físicas e neurológicas decorrentes de hanseníanse. Nesta terça-feira, 4, a capacitação é teórica, com orientações da fisioterapeuta Cristina Wallner, do Ambulatório de Dermatologia Sanitária (ADS) da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS). A formação é realizada em parceria da SMS com a Fundação Sasakawa e SES/RS. 

A intenção é qualificar os profissional da APS para avaliar as incapacidades físicas e neurológicas de pacientes que tiveram hanseníase, a fim de incentivar o acompanhamento e cuidado continuado desses pacientes após alta por cura nas unidades de saúde, para prevenção de incapacidades.

“É fundamental a avaliação do grau de incapacidade dos casos novos através do exame dermatoneurológico, pois o paciente pode apresentar nervos periféricos afetados ou incapacidade física no momento do diagnóstico. Quando não há comprometimento neural, são classificados como grau 0 de incapacidade física. O grau 1 de incapacidade ocorre quando há diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, mãos e pés e grau 2 de incapacidade quando há lesões mais graves nos olhos, mãos e pés”, explica a auxiliar de enfermagem Simone Garcia, da Diretoria de Vigilância em Saúde.

A prevenção das incapacidades físicas e deformidades decorrentes da hanseníase é realizada por meio de técnicas simples e de orientação ao paciente para a prática regular de autocuidado apoiado. Elas precisam ser aplicadas e ensinadas nas unidades básicas de saúde durante o acompanhamento do paciente e após a alta.

Porto Alegre atualmente tem 12 pacientes em tratamento contra a hanseníase. Desses, seis apresentam algum grau de incapacidade física. Os 12 pacientes serão avaliados pela equipe das respectivas unidades de saúde, durante o processo de capacitação.

Patrícia Coelho

Andrea Brasil