Porto Alegre é a capital mais longeva do Brasil, com 292.260 pessoas idosas, que corresponde a 21,9% da população (IBGE). Dessas, 175.029 estão cadastradas nas unidades de saúde. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira, 9, durante a Formação de Multiplicadores da Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Primária, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

O encontro reúne equipes multiprofissionais, técnicos, agentes comunitários de saúde e estudantes e ocorre ao longo do dia, no teatro Moacyr Scliar da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A programação marca o Outubro Prateado, mês da pessoa idosa. 

De acordo com a coordenadora da área técnica de Saúde da Pessoa Idosa da SMS, Clésia Ziemann, os participantes terão como tarefa realizar ações de educação permanente nas respectivas unidades de saúde, com o projeto (planejamento) construído na formação, que será monitorado pela área técnica, a fim de expandir a capacitação para todas as unidades.

A abertura contou com a participação do secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, da diretora de Atenção Primária, Vânia Frantz, da assessora técnica da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Bárbara Magalhães Menezes, do pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da UFCSPA, Luís Henrique Telles da Rosa, além de Clésia Ziemann. 

Índice de vulnerabilidade – Desde janeiro de 2025, o prontuário eletrônico das unidades de saúde possui o índice de vulnerabilidade clínico-funcional, formulário com questões de atividades básicas e instrumentais de vida diária que, conforme as respostas, pontua um grau de fragilidade da pessoa idosa, de forma multidimensional (clínico, funcional e psicossocial). A partir das respostas, o formulário gera um “escore” de fragilidade, que pode ser grau 1 (robusto, independente), grau 2 (moderada dependência, em processo de fragilização) ou grau 3 (idoso frágil, dependência total). Com base nessa avaliação, a proposta é que os serviços realizem um plano de cuidados (Projeto Terapêutico Singular), buscando manter ou recuperar a funcionalidade da pessoa idosa.