Hanseníase é tema de capacitação para profissionais das unidades de saúde
Entender a epidemiologia, diagnóstico, tratamento e reações da hanseníase no paciente é o foco de capacitação iniciada nesta quinta-feira, 5, no auditório do Centro de Saúde IAPI, para profissionais que atuam nas unidades de saúde da Capital. O encontro terá mais três edições no mês de setembro, abrangendo as quatro coordenadorias de saúde da cidade, com a participação de aproximadamente 180 pessoas. A ideia é reduzir a carga da doença e prevenir as incapacidades que ela pode provocar no corpo.
A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica que afeta os nervos periféricos e a pele, podendo causar incapacidade física e prejuízo funcional, especialmente nas mãos, pés e olhos. Além dos danos causados pelo bacilo, a pessoa pode enfrentar problemas psicológicos, como medo, ansiedade e solidão. É causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Durante muito tempo, a doença foi designada “lepra”. No Brasil, desde 1995 uma lei federal indica a preferência pelo termo hanseníase.
Sintomas – De notificação compulsória, a doença costuma atingir partes frias do corpo, principalmente as extremidades, lóbulos de orelhas e nariz. Os sintomas estão relacionados conforme o nervo atingido. Os mais comuns são manchas no corpo associadas à perda de sensibilidade, queda de pelos, formigamento nas mãos e/ou pés, braços e/ou pernas, ressecamento dos olhos e diminuição da força muscular.
O diagnóstico é clínico, feito por exame físico na unidade de saúde. A hanseníase tem cura, com tratamento gratuito via antibióticos, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce pode evitar deformidades e incapacidades. Sem tratamento, a doença pode deixar sequelas para o resto da vida.
Andrea Brasil