HPS 80 anos: ex-pacientes retornam à instituição que salvou suas vidas
Perto de completar 80 anos, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) carrega a responsabilidade de ser a maior referência no Estado em casos de trauma, recebendo a maioria das vítimas de acidentes de trânsito, quedas, queimados e traumas graves em geral ocorridos em Porto Alegre. No cotidiano do hospital, mais de 1,5 mil profissionais trabalham para salvar vidas. Ao longo de oito décadas, milhares de pacientes foram acolhidos pelo HPS, entre eles o educador físico Leônidas Meirelles, 32 anos, e o advogado Luiz Antônio Azevedo, 75 anos, que compartilham detalhes de como o hospital salvou suas vidas.
Sete anos atrás, em um sábado de dezembro, Azevedo saía de uma padaria, na avenida Independência, quando foi roubado e atingido cinco vezes por arma branca (faca), sendo que um dos golpes atingiu o seu coração. Foi levado ao HPS praticamente morto e atendido prontamente pela equipe de plantão. “Toda a gana de salvar uma vida e a presteza dos médicos salvou a minha vida”, relembra. O advogado passou por uma toracotomia, que é a abertura cirúrgica do tórax, passou por uma semana de internação até ficar estabilizado e ser levado a outra instituição.
Em 2021, um acidente de moto no bairro Cavalhada quase interrompeu a vida de Meirelles - foi a agilidade e o conhecimento da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), somados à dedicação dos profissionais do HPS, que garantiram sua sobrevivência, após permanecer quase três meses em coma. Ao chegar no hospital, acessou direto a sala vermelha.
Para Meirelles, o acidente resultou em duas fraturas no fêmur, quebra total do quadril e traumatismo craniano, além de problema pulmonar e rompimento do esfíncter, com a necessidade de usar bolsa de colostomia por um ano.
A cirurgia foi refeita após esse período e, hoje, Meirelles está totalmente recuperado. “O HPS, para mim, é segurança. É impressionante como os profissionais podem olhar para o paciente, saber o que ele tem e partir rapidamente para a cirurgia”, observa. “Uma preocupação de pessoa para pessoa, assim podemos definir a equipe do HPS: a direção e os profissionais demonstram uma coisa que hoje em dia muitas pessoas não têm mais, que é a humanização”, completou
A diretora-geral, Tatiana Breyer, reitera que a instituição é a principal referência da Capital para atendimentos de vítimas sobretudo violências e acidentes. “Ao longo dos anos, muitas pessoas foram salvas aqui e que sabem da importância do hospital, vital para garantir a segurança para quem dele precisa. Acidentes podem acontecer a qualquer momento e, felizmente, o HPS consegue cumprir o seu papel de entregar e devolver a vida quando ela está indo embora”, reflete.
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Cristiano Vieira