HPS 80 anos: profissionais relembram suas trajetórias no hospital
O Hospital de Pronto Socorro (HPS) dispõe de um corpo técnico de mais de 1,5 mil profissionais, que contribui para construir a trajetória de 80 anos do centro de saúde. Entre eles, se destaca o atendente de enfermagem Roberto Cunha, 66 anos, com 43 anos de dedicação ao local que ele chama de "segunda casa".
“Só tenho a agradecer ao HPS, onde recebo e dou carinho a colegas, pacientes e familiaresâ€, relembra Cunha, mais conhecido pelo apelido Cachopinha, referência à cabeleira que tinha na juventude.
Quando fala do trabalho atuando na triagem de pacientes da madrugada, ele lembra de episódio marcante. Após atender um paciente em parada cardiorrespiratória, acionou o plantão médico do hospital para dar sequência ao pré-atendimento. Foi quando o médico plantonista se deparou com o próprio pai necessitando de assistência. “Foi muito impactante e emocionante, nunca vou esquecer esse fato. Deu tudo certo e o paciente se recuperou bemâ€, relata Cachopinha.
Atualmente, o atendente trabalha no controle de materiais da enfermaria do 3º andar. Questionado se pensa em pedir aposentadoria, diz que ainda não terminou sua missão e pretende continuar ajudando no que puder.
Formação de profissionais – Umas das primeiras mulheres especialistas em medicina de emergência no Brasil traçou seu aprendizado no HPS. Rosângela Murr iniciou na instituição como residente, há mais de duas décadas, com o objetivo de contribuir com atualizações na área, resultando em melhor atendimento de pacientes com complicações agudas decorrentes de traumas.
Atualmente, a médica organiza os fluxos de emergência. “A emergência do hospital funciona melhor em equipe, quando todos trabalham em conjunto, seja das equipes de exames ao banco de sangue e do neurocirurgião ao médico vascularâ€, conta. “Temos um quadro de pessoas capacitadas que fazem o melhor trabalho dentro do que se propõem, sempre procurando encontrar a melhor solução para o pacienteâ€, informa Rosângela.
Ela acredita que os profissionais estão cada vez mais interessados em formação adequada, resultando em melhor assistência à população. Para ela, a responsabilidade de trabalhar numa instituição referência para o Brasil é uma felicidade sem tamanho.
“Quando iniciei a carreira aqui, perguntaram o porquê do meu interesse, e a resposta é simples: ver a medicina de emergência se espalhar e ser valorizada é uma realização, e perceber esse serviço funcionando e formando pessoas com capacidade para atender diferentes traumas é gratificanteâ€, conclui.
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Andrea Brasil