Porto Alegre atualiza a situação epidemiológica da dengue

20/04/2021 11:16
Cristine Rochol/Arquivo SMS PMPA
SAÚDE
Oito casos estão confirmados na cidade, sendo quatro importados e quatro contraídos na própria Capital

Levantamento realizado pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), indica que até o final da semana epidemiológica (SE) 15 de 2021 (dados cumulativos até 17 de abril) estão confirmados na cidade oito casos de dengue. São quatro importados e quatro contraídos na própria Capital (autóctones), entre 32 notificações de suspeitas feitas à EVDT. Os casos autóctones são de moradores dos bairros Agronomia e Santo Antônio. Os casos importados são de pessoas residentes na cidade que viajaram ao Rio de Janeiro e interior do Rio Grande do Sul, onde foram infectados.

A enfermeira Raquel Rosa, chefe da EVDT, explica que a maior parte dos casos foi notificada por laboratórios privados, já com o resultado positivo, o que atrasa e compromete o desencadeamento de ações de controle ambientais. “Por isso, é essencial que os moradores da cidade intensifiquem os cuidados de prevenção tanto nos seus imóveis quanto pessoais, como uso de repelente, e que os profissionais de saúde, no momento do atendimento ao paciente, considerem e notifiquem a suspeita da doença de acordo com os sintomas apresentados pelo mesmo”, enfatiza a enfermeira.

Entre os sintomas compatíveis com a dengue estão febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: manchas vermelhas no corpo, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, leucopenia (leucócitos abaixo do limite inferior normal para a população) e vermelhidão nos olhos. Raquel destaca que, a partir da notificação, exames sorológicos serão orientados e encaminhados pela EVDT, conforme o tempo decorrido desde o aparecimento dos sintomas.

Infestação – As condições climáticas atuais em Porto Alegre, com manutenção de temperaturas mais altas, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti e a transmissão viral, que acontece a partir da picada da fêmea do mosquito. No site www.ondeestaoaedes.com.br é possível acompanhar o índice semanal de infestação do Aedes aegypti, além de sua distribuição por bairro monitorado.

Atualmente, a prefeitura mantém 847 armadilhas de monitoramento na cidade, que são vistoriadas semanalmente. A relação entre positividade de armadilhas e a quantidade de fêmeas capturadas em cada armadilha resulta no índice de infestação vetorial. Na SE 15, o índice ficou em 1,69, o que significa alto risco para transmissão viral nos locais onde há confirmação de casos.

Para diminuir a população dos insetos e a infestação, é fundamental que os moradores vistoriem residências e comércios pelo menos uma vez por semana, eliminando qualquer foco de água parada. “Além da retirada de pratos de vasos de plantas, ralos devem estar secos ou com água sanitária, calhas desimpedidas e plantas que acumulem água devem ser vistoriadas com maior atenção. Qualquer tampinha solta no pátio pode armazenar água, servindo de local para a postura dos ovos da fêmea”, diz o gerente da vigilância ambiental, Alex Lamas.

 

 

 

Patrícia Coelho

Lissandra Mendonça