Vanessa Conte/SMS/PMPA

Porto Alegre e outros sete municípios do país participaram, nesta semana, do 8º Encontro Nacional da Rede Acesso Mais Seguro para Serviços Públicos Essenciais, promovido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Realizado em Brasília nessa quarta e quinta-feira, 25 e 26, o evento reuniu mais de 50 autoridades e profissionais municipais e estaduais das áreas de saúde, educação e assistência social.

Os participantes discutiram mecanismos de sustentabilidade do programa e a formulação de políticas públicas destinadas a apoiar os profissionais e melhorar o atendimento à população. Pela primeira vez, um Encontro de Comunicadores da Rede debateu estratégias de abordagem do tema na comunicação pública, com a participação de assessores de comunicação das áreas de Saúde e Educação de Porto Alegre. 

Desenvolvido pelo CICV e presente em oito municípios brasileiros (Fortaleza, Vila Velha, Salvador, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre), o programa AMS busca reduzir as consequências da violência armada para os profissionais de saúde, educação e assistência social e para a população atendida. A metodologia trabalha no fortalecimento das capacidades das instituições públicas em matéria de análise de contexto relacionada à violência armada, gestão de riscos, gestão de crise e gestão de estresse. São promovidas mudanças no comportamento de profissionais e gestores para fortalecer sua resiliência.

A diretora de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Vânia Frantz, participou do encontro e destaca o fato de Porto Alegre possuir um decreto que garante a implantação da metodologia como política pública. “Pretendemos agora avançar na aprovação da lei para fortalecermos ainda mais o AMS nas unidades de saúde, escolas e equipamentos de assistência social, garantindo que se torne efetivo nas três áreas de atuação”, avalia a gestora. Coordenadores do AMS nas três áreas de atuação de Porto Alegre também acompanharam a discussão. A capital gaúcha faz parte do programa desde 2016.

Para a coordenadora do AMS do CICV no Brasil, Karen Cerqueira, é importante que o programa se torne uma parte cada vez mais integral da cultura institucional, permitindo a autonomia em sua implementação. "Estamos comprometidos em continuar trabalhando no desenvolvimento de recursos técnicos avançados, garantindo que os parceiros tenham as ferramentas necessárias para implementar eficazmente o programa AMS, promovendo assim uma prestação de serviços públicos mais segura e eficiente", salientou Karen.

Sustentabilidade - A importância da adoção de mecanismos internos de sustentabilidade foi a pauta central do evento, que contou com discussões técnicas sobre como fortalecer e garantir uma adequada gestão de riscos e crise em todas as unidades que implementam o programa AMS. Foram realizadas discussões junto às autoridades parceiras relativas aos mecanismos políticos que podem ser adotados para alcançar uma maior sustentabilidade, tais como leis e decretos municipais.

Ao longo de dois dias, o CICV forneceu apoio e recomendações técnicas com base na experiência e conhecimento em outros contextos, além de atuar como facilitador, promovendo o intercâmbio de experiências entre os parceiros. Para encerrar a reunião, foi lançada a websérie É mais do que se vê, produzida pelo CICV com parceiros de Fortaleza e Rio de Janeiro, sobre os impactos da violência armada na educação.

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