Porto Alegre zera fila de mamografias no SUS e amplia oferta de exames

05/08/2025 17:28

A Prefeitura de Porto Alegre zerou, nesta segunda-feira, 5, a fila de espera para exames de mamografia na rede pública de saúde. Com uma média mensal de 4 mil agendas disponíveis, a cidade eliminou a demanda represada de pacientes do SUS que aguardavam pelo exame, garantindo acesso mais rápido e qualificado à prevenção.

Em julho, 470 mulheres estavam na fila aguardando a realização da mamografia. Hoje, esse número caiu para apenas duas pacientes, que já estão com o exame agendado. A ampliação da oferta foi decisiva para alcançar este resultado. Em 2024, a média de mamografias mensais era de 2,6 mil. Desde março, com a aquisição de um mamógrafo de última geração e a abertura de 900 agendas mensais no Hospital Vila Nova, a Secretaria Municipal de Saúde conseguiu acelerar o ritmo de atendimentos e dar uma resposta efetiva à população.

A rede de prestadores credenciados conta também com o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), Clínica Beira Rio, Clínica Ilha Porto, Citoson, Hospital Fêmina, Liga Feminina de Combate ao Câncer e Hospital São Lucas da PUCRS. A rede articulada foi fundamental para a ampliação da capacidade de atendimento e a eliminação da fila.

Mesmo com a previsão de aumento da demanda em outubro — mês da campanha Outubro Rosa, quando a média histórica de pedidos de mamografia chega a 6 mil — a pasta municipal já trabalha para reequilibrar a oferta de exames. “O cuidado com a saúde da mulher não pode ser concentrado apenas em outubro. Nosso compromisso é garantir acesso ao exame o ano todo, de forma organizada e ágilâ€, reforça o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

Avanços na oncologia - O zeramento da fila de mamografias integra uma série de ações coordenadas pela Secretaria para enfrentar as filas de espera na rede SUS. Em julho, a prefeitura anunciou o fim da fila de tratamento oncológico de mama e de radioterapia, com a redução histórica nos tempos de espera.

A ampliação de serviços, como o centro de oncologia do Hospital Vila Nova, e parcerias estratégicas com hospitais como o Grupo Hospitalar Conceição e o Hospital São Lucas da PUCRS foram decisivas para os avanços. Além disso, a reorganização dos fluxos assistenciais e o fortalecimento da regulação garantiram que os casos mais graves e urgentes fossem atendidos com prioridade.

O trabalho de enfrentamento das filas segue em outras áreas de alta demanda. Nos próximos meses, a expectativa da SMS é zerar também as filas para consultas de cardiologia adulto, otorrinolaringologia adulto e oftalmologia pediátrica.

 

 

Carolina Zeni

Gilmar Martins