Práticas integrativas e complementares são alternativas de tratamento na Capital
Voltar a atenção para si e acompanhar o movimento da respiração, relaxando o corpo aos poucos. Esse é o enfoque inicial da aula de meditação e yoga realizada semanalmente na Clínica da Família Modelo, no bairro Santana. O grupo é formado em grande parte por idosos, todos participativos com os exercícios.
A aula faz parte das práticas integrativas e complementares em saúde oferecidas pelo SUS, uma visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações são embasadas no indivíduo como um todo, considerando os aspectos físico, mental, emocional e social.
“Saímos da aula leves e cheios de energia, é uma prática muito positiva que ajuda e só enriquece, além do convívio maravilhoso que construímos”, diz Angela Ribeiro, 76 anos, no grupo desde o início, há quase um ano. “Me sinto alegre e muito à vontade, a meditação ajuda a acalmar, pois sou um pouco acelerada.” Já Elenita Reichel, 67, está no segundo encontro e promete voltar. “Quero ter mais mobilidade, e participar é um estímulo para sair de casa e conviver com outras pessoas”, comenta.
A orientadora, enfermeira Rosangela Rabassa, destaca que as pessoas relatam não só benefícios físicos, como alívio de dores, melhora no sono e na disposição, mas a sensação de bem-estar e alegria. “Ao final, eles saem muito bem, pois dedicar um momento para si mesmo está entre os maiores benefícios”, afirma. O grupo é complementar a qualquer outro tratamento de saúde.
Homeopatia – Outra modalidade é o tratamento homeopático, usado em diversas situações, tendo às vezes um papel auxiliar e em outras um papel principal, no qual fará toda a diferença na melhora do quadro e no restabelecimento da saúde, conforme explica o médico Marco Aurélio Olendzki, homeopata do Hospital Conceição, um dos locais de atendimento pelo SUS em Porto Alegre.
“Fazem parte do dia a dia do nosso ambulatório situações como sintomas e transtornos mentais, insônia, menopausa, alterações da libido, alergias, asma, recorrência de infecções respiratórias e quadros gripais, dor crônica de diversas causas, doenças inflamatórias diversas, entre tantas inúmeras situações e queixas com as quais as pessoas costumam chegar ao atendimento”, comenta o médico.
Dona Maria Tereza Costa, 77 anos, teve um ganho importante na saúde. Em tratamento homeopático há oito meses, ela não apresenta mais os problemas de pele que costumavam preocupar a família, provocando inclusive uma internação hospitalar. “A homeopatia foi o tratamento que deu melhor resultado”, conta a filha Anelise Costa.
“Não raras vezes, os pacientes melhoram muito do padrão de recorrência e cronicidade dos sintomas, bem como ficam menos necessitados de maior carga de medicações químicas, pois as fórmulas homeopáticas são livres de toxicidade e efeitos colaterais relacionados”, explica Olendzki, enfatizando que o tratamento não se restringe a uma doença, mas sim a engloba e se dirige à pessoa, numa abordagem individual e integral.
Fitoterapia – A utilização de fitoterápicos amplia as opções terapêuticas no SUS, garantindo o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais no atendimento em saúde. “Quando pensamos nos benefícios de um fármaco fitoterápico, um chá, uma pomada, uma tintura, a gente pensa principalmente se ele é indicado para a situação apresentada pelo nosso paciente, se tem efetividade e eficácia para essa queixa”, afirma o médico de família Ronald Selle Wolff, que prescreve fitoterápicos na rede municipal.
Entre os pontos positivos, o médico destaca que fitoterápicos têm bem menos efeitos colaterais na comparação com medicamentos sintéticos. “São medicações que podemos usar com segurança, na dose adequada, orientando para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre essas plantas”, diz Wolff. Segundo ele, sintomas que envolvem dor de garganta quando não bacteriana, dores musculares, afecções oculares e drenagem de abcessos, por exemplo, costumam responder bem ao uso desses medicamentos.
Para ter acesso a atendimentos que envolvem práticas integrativas e complementares, a orientação é solicitar encaminhamento na unidade de saúde de referência do paciente morador da Capital.
Atividades individuais oferecidas:
Acupuntura com inserção de agulhas
Acupuntura com aplicação de ventosa e moxabustão
Antroposofia aplicada à saúde
Aromaterapia
Auriculoterapia
Constelação Familiar
Cromoterapia
Eletroestimulação
Geoterapia
Massoterapia Meditação
Reiki/imposição de mãos
Terapia de Florais
Tratamento Ayurvédico
Tratamento Fitoterápico
Tratamento Homeopático
Tratamento em Medicina Tradicional Chinesa
Tratamento Naturopático
Atividades coletivas:
Práticas Corporais em Medicina Tradicional Chinesa
Sessão de Arteterapia
Sessão de Biodança
Sessão de Dança Circular
Sessão de Meditação
Sessão de Musicoterapia
Terapia Comunitária Integrativa
Yoga
Confira aqui as unidades de saúde que oferecem práticas integrativas e complementares.
Cristiano Vieira