Profissionais são capacitados no Protocolo de Manchester
Noventa profissionais da rede municipal de saúde participam, durante a semana, de capacitação com tutoras do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, instituição responsável no Brasil por implementar o Protocolo de Manchester nas urgências e emergências. Os encontros estão divididos em cinco turmas, de segunda a sexta-feira, 30, incluindo trabalhadores dos pronto atendimentos Cruzeiro do Sul, Lomba do Pinheiro e Bom Jesus e do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, onde ocorrem os encontros, promovidos pela Secretaria Municipal de Saúde. (fotos)
A capacitação inclui três atividades: atualização para profissionais que já foram certificados, formação de auditores e de novos classificadores. “O conteúdo do protocolo foi reeditado em 2017, por isso a necessidade de atualização”, explica a enfermeira Gabriela de Alvarenga, uma das tutoras. De acordo com a técnica, a segunda edição contempla mudanças discutidas em caráter internacional junto às diversas instituições de todo o mundo que utilizam o Protocolo de Manchester. “Diante dessas discussões, foram implementadas mudanças para melhorar a performance da ferramenta, tornando o processo ainda mais inclusivo”, diz.
A formação de auditores, função considerada “mandatória”, possibilita acompanhar a assertividade dos classificadores, garantido que as classificações ocorram de maneira adequada. Os auditores produzirão relatórios a serem enviados sistematicamente, possibilitando acompanhar o desempenho do atendimento. Já a nova turma de classificadores será capacitada a trabalhar com o protocolo a partir de 2019.
Com aulas teóricas e a discussão de casos clínicos, o curso procura se aproximar da realidade dos serviços. “Vamos apresentar slides contando a história do paciente e, com os novos conhecimentos do curso, os profissionais irão aplicar a classificação de risco já com as atualizações”, conta Paula Tássia Rocha, tutora local do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco.
Manchester - O Protocolo de Manchester é uma ferramenta de classificação de risco que atribui uma prioridade clínica ao paciente. É aplicado em 100% dos pacientes para avaliar e priorizar a gravidade dos casos. São cinco prioridades clínicas, sendo o vermelho mais grave e o azul menos grave. Entre os objetivos do sistema de Manchester está identificar rapidamente pacientes em risco de morte e a prioridade clínica de forma objetiva e sistematizada. Também pretende definir o tempo-alvo para avaliação médica, caracterizar os usuários e prever fluxos de encaminhamento dos pacientes, promovendo a organização do serviço. Recebeu esse nome por ter sido aplicado pela primeira vez na cidade de Manchester, em 1997. Hoje, vários países utilizam o sistema de forma praticamente integral.
1) EMERGÊNCIA (vermelho) - necessitam de atendimento imediato
2) MUITO URGENTE (laranja) - necessitam de atendimento praticamente imediato
3) URGENTE (amarelo) - necessitam de atendimento rápido, mas podem aguardar
4) POUCO URGENTE (verde) - podem aguardar atendimento ou serem encaminhados a outros serviços de saúde
5) NÃO URGENTE (azul) - podem aguardar atendimento ou serem encaminhados a outros serviços de saúde
Andrea Brasil