Samu Porto Alegre recebe visita técnica do Ministério da Saúde
Conhecer a estrutura, o trabalho e os projetos de um dos primeiros serviços de atendimento móvel de urgência do país foi o objetivo de visita técnica de integrantes do Ministério da Saúde nesta terça-feira, 5, à sede do Samu Porto Alegre. Composta pelo coordenador-geral de Urgências, Felipe Reque, e a consultora técnica Karine de Lima e Silva, a equipe visitou também o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Os gestores conheceram as instalações do serviço, a sala onde médicos e telefonistas regulam o atendimento feito nas ruas e o Núcleo de Educação Permanente (NEP), que promove capacitações e cursos de primeiros socorros. Também assistiram à apresentação de projetos em desenvolvimento e indicadores do acompanhamento de paradas cardiorrespiratórias, entre outros.
“A visita foi bastante positiva, é muito bom ver a experiência de serviços que atuam há tempos e de como foram criativos, protagonistas e inovadores nas experiências locais”, avalia Reque. E completa: “Estamos revendo o processo de gestão de indicadores da política pública do país, então, conhecer experiências positivas e boas práticas vai, sem dúvida, inspirar uma revisão em nível nacional, de forma que possamos motivar que outras coordenações de urgência adotem experiências positivas como as que vimos aqui na capital gaúcha.”
O coordenador-geral do Samu Porto Alegre, Fabiano Barrionuevo, destacou a importância do trabalho em conjunto com o ministério. “Conversar e trocar ideias é essencial para trabalharmos em sintonia, com o objetivo de crescer e atender melhor a população, reduzir tempo de resposta e melhorar nossos indicadores”, afirma. Com quase 28 anos de atuação, completados em novembro, o serviço também funciona como laboratório e está aberto para auxiliar outras unidades em diferentes municípios.
Atualmente, o Samu Porto Alegre conta com 18 ambulâncias e cerca de 300 profissionais de saúde. Conforme Barrionuevo, o tempo resposta mediano para pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória está em 15 minutos, variando entre 6 e 17 minutos. “Os nossos resultados estão em 22% de sobrevida, o que fica 10% acima da média registrada nos estudos de atendimento pré-hospitalar de parada cardiorrespiratória.”
Acompanharam a visita o diretor de Atenção Hospitalar e de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde, Favio Telis, e o coordenador municipal de Urgências, Paulo Bobek, que estiveram ainda no HPS com a diretora-geral Tatiana Breyer.
Gilmar Martins