Saúde atualiza números da dengue na cidade
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lançou nesta segunda-feira, 15, balanço atualizado do número de casos confirmados de dengue em Porto Alegre. São 61 casos, sendo seis importados e 55 autóctones (contraídos aqui na cidade) até o final da semana epidemiológica 15 (dados de 30/12/18 a 13/04/19).
Dos autóctones, 53 estão localizados no bairro Santa Rosa de Lima e dois, no Jardim Floresta. Os casos importados são de moradores dos bairros Arquipélago, São João, Santana, Alto Petrópolis, Ipanema e Vila Ipiranga. Os pacientes têm histórico de viagem a cidades do Nordeste, Sudeste e Norte do país. Outros 49 casos suspeitos continuam em investigação.
No mesmo período, foram notificadas cinco suspeitas de infecção por zika vírus, ainda sem resultado laboratorial conhecido, e 13 de chikungunya. Desses, um caso importado foi confirmado (paciente que reside no bairro Higienópolis e que tem histórico de viagem ao Rio de Janeiro), oito foram descartados e quatro continuam em investigação.
O diretor da Vigilância em Saúde da SMS, Anderson de Lima, explica que desde meados de março, quando foi confirmado o primeiro caso autóctone de dengue na zona Norte, a prefeitura vem realizando ações que visam a diminuir o risco de transmissão viral no bairro Santa Rosa de Lima. Mais de 1,2 mil visitas domiciliares foram feitas por agentes de combate a endemias, identificando criadouros de mosquitos e fazendo busca ativa de casos não notificados. Somente na edição do Bota-Fora especial do DMLU, realizada na sexta, 12, e no sábado, 13, mais de 30 toneladas de resíduos que não são recolhidos na Coleta Domiciliar foram retirados de ruas do bairro.
Ações para pulverizar inseticida foram 21, com mais de 3 mil imóveis abrangidos. E a SMS também instalou 17 armadilhas de monitoramento do mosquito adulto para acompanhar os índices de infestação e coletar fêmeas do Aedes aegypti para envio à análise laboratorial, visando a identificar a presença de vírus de algum dos sorotipos da dengue nos vetores. Pulverização também foi feita nesta segunda-feira no bairro Jardim Floresta.
O gestor da CGVS pede que as comunidades intensifiquem as ações de controle do vetor. Embora as pulverizações diminuam a quantidade de mosquitos adultos no bairro, ela não tem efeito sobre as outras fases do inseto, como ovo e larva. “Precisamos que a população verifique seu quintal ou pátio uma vez por semana, elimine todos os focos de água parada, vire potes, deixe garrafas com a boca para baixo, tampe caixas d’água e deixe desimpedidas calhas e ralos. Em uma semana um ovo pode eclodir, virar larva e mosquito adulto, voando”, lembra Lima.
Outra medida importante nos locais com transmissão viral comprovada é a proteção individual, com uso de repelente corporal e elétrico, quando possível. “O Aedes aegypti é um mosquito que costuma picar no início da manhã e final da tarde. Ele não voa para muito além de onde nasceu, no máximo 150 metros. Portanto, se na sua casa tiver um Aedes voando, procure e elimine o criadouro”, apela.
Veja no site Onde Está o Aedes números atualizados da dengue em Porto Alegre e dicas de prevenção.
Gilmar Martins