Saúde capacita agentes de endemias da Zona Sul sobre leishmaniose visceral
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Unidade de Vigilância Ambiental, realizou nesta quarta-feira, 26, capacitação teórica de agentes de combate a endemias (ACE) sobre leishmaniose visceral humana e canina. Até o fim de novembro, os agentes irão percorrer bairros da cidade onde houve confirmação de casos da doença em humanos (desde 2016) para cadastrar cães para castração.
Eles vão orientar moradores sobre a doença e divulgar o serviço de castração, que será realizado por profissionais do Gabinete da Causa Animal (GCA), até o mês de dezembro. Nos dias 31/10 e 1º e 3/11, o GCA vai realizar o atendimento de tutores no CTG Roda de Chimarrão (avenida Serraria, 1835), a partir das 9h30, para cadastrar cães - fêmeas e machos - que passarão pelo procedimento de castração no bairro Guarujá. O tutor deve apresentar comprovante de endereço. O trabalho será acompanhado pelos ACE.
O primeiro caso de leishmaniose visceral humana em Porto Alegre foi diagnosticado em 2016. Até 2022, são 20 casos confirmados, sendo que não houve registro de ocorrência em 2022. Em relação à leishmaniose visceral canina, em 2022 foram confirmados 140 casos até o mês de setembro.
A leishmaniose visceral é uma doença grave, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido através da picada de um inseto chamado flebotomÃneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha, e que pode atingir pessoas e animais, principalmente o cão.
A doença não é transmitida do animal à pessoa, mas o cão infectado transmitirá o protozoário para o mosquito palha, e o mosquito poderá infectar um humano pela picada. Assim, o cão é um reservatório.
Cristiano Vieira