Saúde esclarece sobre meningite

05/09/2019 17:50
Luciano Lanes/PMPA
SAÚDE
Desde 2018, integra o calendário uma dose para adolescentes entre 11 e 14 anos

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que Porto Alegre não enfrenta surto de meningite. Na rede pública, há estoque da vacina Meningo C nas unidades de saúde. A vacina está no calendário oficial da rede pública desde 2010. O esquema vacinal prevê doses da meningo C aos três meses, aos cinco meses e aos 15 meses de idade. Desde 2018, também é recomendado e integra o calendário uma dose para adolescentes entre 11 anos e 14 anos incompletos. Além da meningo C, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece na rede pública outras vacinas que também protegem contra meningite causadas pelo pneumococo e o haemophilus influenzae do tipo B, com diferentes esquemas vacinais (veja abaixo).

Nesta semana, foi confirmado um caso de meningite bacteriana em aluna de 15 anos de uma escola da rede estadual. A paciente está internada e em tratamento. Ela foi infectada a partir de contato com um portador sadio. Portadores sadios são pessoas que têm a bactéria, mas não desenvolvem a doença. Medidas de controle foram adotadas pela SMS no sentido de conhecer o círculo de contatos íntimos da aluna e dispensar a quimioprofilaxia (tratamento com antibióticos), com o objetivo de alcançar portadores sadios.

Desde a década de 1990, a SMS mantém a vigilância da doença. Casos de meningite – bacteriana ou viral – são comuns na cidade. Na série histórica, não há registros de casos secundários da doença, ou seja, a cidade tem casos isolados.

A meningite é a inflamação das meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal). Pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e protozoários. Os sintomas da doença são dor de cabeça, febre, vômitos em jato e rigidez de nuca (de fácil detecção ao exame físico médico). Crianças muito pequenas podem apresentar prostração ou irritabilidade.

Prevenção - Mesmo que a vacinação seja a forma mais eficaz de prevenção à meningite, hábitos como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou uso de produtos para limpeza de mãos a base de álcool gel pode ajudar a interromper a cadeia de transmissão dos agentes causadores. Copos e garrafinhas de água não devem ser compartilhados.

Ventilação natural - A ventilação de todos os ambientes deve ser natural. Mesmo no inverno, portas e janelas não devem ficar todas fechadas ao mesmo tempo. Frestas são recomendadas para ventilar os ambientes. As crianças não devem ficar em ambientes fechados com a presença de muitas pessoas adultas, pois são mais vulneráveis. Adultos devem lavar as mãos antes de segurar uma criança pequena.

Vacinas:

Meningocócica C - Protege contra a meningite causada pela bactéria meningococo, um dos tipos mais agressivo. Primeira dose aos três meses de idade, depois aos cinco meses. Aos 12 meses de idade, primeiro reforço e, entre 11 e 14 anos, segundo reforço.

Pneumocócica 10-valente conjugada - Protege contra dez sorotipos da bactéria pneumococo, responsável por meningite, pneumonia e otite aguda. Primeira dose aos dois meses de idade e segunda dose aos quatro meses de idade. Reforço aos 12 meses.

Haemophilus influenzae b - Protege contra a bactéria haemophilus influenzae do tipo B. Primeira dose aos dois meses, segunda dose aos quatro meses e terceira dose aos seis meses. Faz parte da vacina combinada penta.

Em relação à rede privada, duas vacinas estão disponíveis: a vacina quadrivalente (protege contra os tipos A,C,W,Y) e a vacina contra o meningo B. A Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Diretoria Geral de Vigilância em Saúde realiza busca ativa diária de pacientes portadores da doença em hospitais da Capital, além de manter plantão durante 24 horas para recebe

 

Patrícia Coelho

Elisandra Borba