A Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Porto Alegre retorna à Praça Dom Feliciano nesta quarta-feira, 27, às 19h30, para captura de escorpiões amarelos. A região é a que concentra o maior número de animais na cidade. Até outubro, foram realizadas nove operações de captura no Centro Histórico, com 234 coletas ou visualização de animais. Em toda a cidade foram 327 no período. 

O escorpião amarelo tem um veneno muito tóxico. A vítima pode morrer em poucas horas. A picada é dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e o veneno se dispersa por todo o corpo. O risco  de complicações é maior em crianças e pessoas idosas ou com comorbidades. Porto Alegre nunca registrou óbitos por acidente com escorpião amarelo.

Em caso de picada, a pessoa deve ser encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), único local de Porto Alegre com o soro antiescorpiônico. Em 2024, foram notificados à Vigilância Ambiental quatro acidentes com vítimas humanas. Os bairros são Mário Quintana, Centro Histórico, Partenon e São Geraldo. Um cachorro foi picado no Centro Histórico. 

Em caso de visualização, a recomendação é fazer contato pelo serviço 156 (telefone, APP 156+POA ou meio eletrônico, no endereço https://156web.procempa.com.br/. É importante que o requerente informe o local exato da ocorrência e meio de contato.

A biologia dos escorpiões amarelos tem uma peculiaridade: existem apenas fêmeas na espécie. As fêmeas vivem em média quatro anos e se reproduzem pelo processo chamado partenogênese (sistema de reprodução em que as fêmeas produzem descendentes sem que haja a intervenção de machos). A reprodução ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida.