Saúde promove roda de conversa com mulheres indígenas sobre aleitamento materno
Em ação alusiva ao Agosto Dourado, que tem como objetivo enfatizar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, a Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena da Secretaria Municipal de Saúde promoveu um encontro com as mulheres indígenas da Aldeia Kaingang Fág Nhin, localizada na Lomba do Pinheiro, Zona Leste da Capital.
O evento ocorreu nesta segunda-feira, 9, data em que é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Foi realizada uma roda de conversa com o objetivo de enfatizar os benefícios do aleitamento materno, recomendado pela Organização Mundial da Saúde até os dois anos de idade, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê. “Essa é uma prática e um saber natural da mulher indígena. Valorizar a amamentação é um dos tantos ensinamentos que os povos indígenas nos trazem”, destaca Gabriele Pedroso, gerente da Unidade de Saúde Indígena.
Benefícios - O leite materno tem tudo que o bebê precisa até o sexto mês de vida. Além de ser de fácil digestão e promover um melhor crescimento e desenvolvimento dos bebês, também protege contra doenças, prevenindo alergias, anemia e infecções respiratórias, como a asma. Além disso, eles têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro.
E os benefícios não são só para os pequenos. Segundo especialistas, a amamentação também garante saúde às mamães, pois reduz as chances de desenvolver depressão pós-parto, tem efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário e ainda reduz o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez, entre outras vantagens.
Anticorpos - O leite materno funciona como a primeira vacina do bebê, por transferir anticorpos necessários para a sua proteção. Estudos já apontam que os anticorpos gerados pela vacina contra a Covid-19 podem ser passados de mãe para filho através da amamentação.
A vacinação contra a Covid-19 está disponível para lactantes com mais de 18 anos que estejam amamentando bebês com até 12 meses de vida. Para receber o imunizante, é preciso apresentar documento que contenha a data de nascimento da criança, além do documento de identidade e comprovante de residência em Porto Alegre.
Lissandra Mendonça