Saúde recebe equipamentos para laboratório de análise da água
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) dois equipamentos para o laboratório móvel da Equipe de Vigilância de Qualidade das Águas (EVQA/CGVS/SMS), para monitoramento da turbidez e cloro da água da rede de abastecimento da cidade. Todos os meses, a EVQA coleta água em 65 pontos da rede de Porto Alegre. Nesta quarta-feira, 2, nove pontos tiveram coletas realizadas. As análises atestaram a qualidade da água distribuída pelo Dmae à rede.
Os equipamentos são um turbidímetro e um clorímetro. Com custo estimado em R$ 7 mil, ambos provêm de projeto de pesquisa coordenado pelo Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia - ICBS/UFRGS. O engenheiro químico Rogério Ballestrin, da EVQA/SMS, explica que ambos substituirão equipamentos usados.
O turbidímetro verifica o parâmetro turbidez, ou as partículas em suspensão que interferem na passagem de luz na água da rede de abastecimento. “É um parâmetros de fundamental importância, pois a efetividade da filtração e integridade da rede é garantia de que agentes patogênicos como os protozoários não estão contaminando a água de consumo. É também um aspecto estético de aceitação ou rejeição do consumo da água de abastecimento”, explica Ballestrin. No caso da turbidez, a legislação prevê que o valor máximo das amostras alcance cinco unidades de turbidez (uT) para garantir potabilidade.
O clorímetro verifica a manutenção do cloro, que serve como uma barreira sanitária contra micro-organismos na rede de abastecimento. Para o Ministério da Saúde a rede deve manter uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas por litro) de cloro residual e máxima de 5,0 mg/l
As coletas realizadas integram o Vigiagua – Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. Os equipamentos recebidos pela SMS serão utilizados diariamente na produção de dados próprios do Vigiagua nos seis sistemas de abastecimento (Menino Deus, São João, Ilhas, Tristeza, Belém Novo e Moinhos).
Ballestrin explica que, em Porto Alegre, uma equipe multiprofissional ligada à vigilância em saúde ambiental (EVQA/CGVS/SMS) realiza a coleta de dados, faz a inserção dos dados no Sisagua (Sistema de Informação do Vigiagua), regula setores afins ao tema (como piscinas, caminhões pipa e reservatórios de água potável) emite relatórios e pareceres, realiza vistorias e atende denúncias relativas aos sistemas e soluções alternativas de abastecimento (poços tubulares, poços escavados, fontes públicas). As denúncias devem ser encaminhadas pelo serviço 156 da prefeitura de Porto Alegre.
Parte das amostras coletadas é encaminhada ao Laboratório Central do Estado para análise complementar, relativa à presença de coliformes totais, Escherichia coli e fluoreto na água.
Gilmar Martins