O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos é celebrado nesta terça-feira, 7, e a Equipe de Vigilância de Alimentos da Secretaria Municipal de Saúde (EVA/DVS/SMS) alerta para os cuidados com a manipulação de alimentos para evitar riscos de doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA). A unidade tem como principal objetivo garantir que os alimentos consumidos em Porto Alegre estejam seguros no quesito higiênico-sanitário.

A chefe da EVA, Nayara Poleto, explica que o trabalho leva em consideração as cinco chaves para uma alimentação mais segura, definidas pela Organização Mundial de Saúde: mãos do manipulador sempre limpas, controle de temperatura dos alimentos, controle de procedência dos alimentos, garantindo que não sejam de origem duvidosa, higiene do local de manipulação e armazenamento adequado dos alimentos.

As DTHA são aquelas causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais oportunistas ou substâncias químicas. Atualmente, no mundo, estima-se que uma em cada dez pessoas adoecem após consumir alimentos contaminados, e que 420 mil pessoas morrem a cada ano, sendo que crianças menores de 5 anos são as mais afetadas, com 125 mil mortes anuais. Os sintomas mais comuns de DTA são náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, falta de apetite e febre.

Surto - É considerado surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Para doenças de alta gravidade, como botulismo e cólera, a confirmação de apenas um caso já é considerado surto.

Qualquer pessoa pode fazer a notificação do surto de DTHA, desde os profissionais em atendimento até o próprio cidadão que tenha sido acometido. Todas as notificações são investigadas.

Em Porto Alegre, as notificações podem ser feitas pelo 156, pelo telefone 51 3289-2441 ou pelo e- mail alimentos@portoalegre.rs.gov.br. As denúncias não podem ser anônimas.

“Para iniciar a investigação da suspeita de surto é imprescindível o contato com o reclamante para avaliar a possibilidade de ter sido surto de DTHA ou não”, explica Nayara.

Este ano, a equipe já investigou quatro denúncias de surto de DTHA. “Dos quatro surtos notificados, foi possível iniciar a investigação epidemiológica e sanitária em dois, os quais ainda estão em investigação. Nos outros dois, não nos foi permitida a entrada no local por se tratarem de produção dos alimentos em residência”, completa a chefe da EVA.