Simpósio sobre contratualização no SUS debate gestão em situações críticas

18/12/2020 08:41
Divulgação SMS / PMPA
SMS
No último dia do evento, participantes abordaram as ações efetuadas no enfrentamento à pandemia do coronavírus

O último dia do 2º Simpósio sobre Contratualização no SUS, nessa quinta-feira, 17, abordou a gestão em situações críticas, tendo como exemplo atuações no enfrentamento à pandemia de Covid-19. O evento é uma promoção da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com acesso no YouTube.

O primeiro palestrante foi o médico pós-graduado em administração hospitalar e atual secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, que mostrou ações do estado na pandemia do novo coronavírus, a partir do plano de contingências e do Centro de Operações de Emergência em Saúde. “Construímos uma inteligência digital em saúde para auxiliar na criação de alternativas, como um site específico para mostrar o planejamento, os dados relativos à pandemia e as ferramentas utilizadas no enfrentamento”, afirmou.

O atual momento de Santa Catarina prevê quatro pilares de ação: manutenção das estruturas de UTI Covid-19, campanhas publicitárias para ampliar as informações à população, abordagem dos pacientes – diagnóstico precoce e qualificado, monitoramento e rastreabilidade de contatos –, e fiscalização a partir da corresponsabilização dos gestores estaduais e municipais públicos e privados nas ações de vigilância. Conforme Motta, a Covid-19 não é uma doença do indivíduo e sim da sociedade, pois são pessoas contaminando pessoas. “Tudo que temos proposto sobre uso de máscara, distanciamento, lavagem de mãos, limpeza de superfícies, ambientes arejados e principalmente evitar aglomerações faz sentido e tem efeito prático”, avaliou.

A diretora de contratos da SMS, administradora e especialista em Regulação em Saúde, Cláudia Dias Alexandre, falou da atuação do setor e da interação com as demais áreas da secretaria, buscando traduzir as necessidades das respectivas áreas nos contratos firmados. Entre os desafios apontados no enfrentamento à pandemia, destaque para a urgência nas demandas, legislação complexa, entraves à inovação, processos administrativos lentos e fiscalização do uso dos recursos públicos.

Em Porto Alegre, a ampliação de estruturas permanentes foi uma das alternativas encontradas para criar novos leitos de UTIs e enfermaria, como ocorreu no Hospital de Clínicas, Hospital Vila Nova, Hospital Independência, Santa Casa de Misericórdia, São Lucas da PUCRS, Nossa Senhora da Conceição e Cristo Redentor. Optou-se pela criação de estruturas temporárias voltadas a consultas e testagem, sempre próximas a serviços como pronto-atendimentos, hospitais e unidades de saúde, com foco em otimizar os recursos públicos.

O secretário-adjunto de Saúde, Natan Katz, acredita que a tomada de decisão em um contexto novo, como o enfrentado este ano, é um dos principais desafios, por isso é essencial contar com equipes que consigam dar conta do trabalho e da resolução dos problemas que se apresentam, com coragem para  enfrentar os desafios. “O legado deixado com a experiência da pandemia é a inteligência e a cultura de como fazer as coisas”, avalia Katz, destacando que o trabalho desenvolvido na Capital tem foco centrado nas pessoas e na eficiência dos gastos públicos, com inovação e criatividade.

O terceiro encontro do evento contou também com apresentações do coordenador de assistência laboratorial da SMS, Bruno Goulart, e do diretor-adjunto da diretoria-geral de contratos, Gustavo Lengler. O 2º Simpósio sobre Contratualização no SUS foi aberto ao público em geral, em especial a profissionais da administração pública e de entidades privadas que executam serviços públicos, juízes, promotores e auditores de tribunais de contas. Na quarta-feira, 16, o tema tratou de indicar caminhos para uma atenção primária à saúde plena. A abertura ocorreu terça-feira, 15, com o tema da remuneração baseada em valor e o paradigma do financiamento em saúde.

  

 

Vanessa Conte

Andrea Brasil