Vigilância Ambiental captura 12 escorpiões amarelos em ação noturna no Centro Histórico
Doze escorpiões amarelos foram coletados na noite de terça-feira, 14, em ação coordenada pelo Núcleo de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde no Centro Histórico. Foram abertas 52 caixas secas e tampas de esgoto em trechos de ruas do entorno da Praça Dom Feliciano. Esta região da cidade é a que registra a maior população do animal.
Outras regiões do Centro Histórico que foram afetadas pela enchente não registraram capturas ou visualizações do animal. A Praça Dom Feliciano não foi atingida pela enchente.
Os animais capturados são enviados para o Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul. Esta foi a primeira operação realizada à noite em Porto Alegre este ano. Participaram dos trabalhos agentes da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, agentes de combate a endemias e profissionais do Departamento Municipal de Água e Esgotos.
Neste ano não há registro de acidentes provocados pela picada de escorpião na cidade. Em 2022, foram 475 capturas ou visualizações e seis acidentes. Em 2023, foram registradas 585 capturas/visualizações e sete acidentes. No ano passado, os números foram menores: 399 capturas/visualizações e quatro acidentes com vítimas humanas e um com animal. Os bairros onde houve captura ou o animal foi visto foram Centro Histórico, Mario Quintana, Menino Deus, Passo D’Areia, Anchieta, Partenon, São Geraldo e Santana.
O primeiro registro de visualização do escorpião amarelo em Porto Alegre é de 2001. Desde 2016 a Diretoria de Vigilância em Saúde monitora a situação epidemiológica e ambiental na cidade. Ele não é um animal nativo de Porto Alegre e foi introduzido de forma passiva na Capital. De acordo com os registros da Vigilância Ambiental, a possibilidade mais concreta é de que o animal tenha vindo em caminhões com cargas de hortaliças trazidas da região Sudeste para a Ceasa.
Veneno - O escorpião amarelo tem veneno altamente tóxico, capaz de provocar a morte da vítima em poucas horas – especialmente crianças, pessoas idosas ou com doenças pré-existentes. A picada é dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e o veneno se dispersa por todo o corpo. Por isso, diante da suspeita ou confirmação do acidente - quando uma pessoa é picada pelo escorpião -, a recomendação é levar a vítima o mais rapidamente possível para o Hospital de Pronto Socorro. O HPS é o único lugar com o soro indicado.
Limpeza - Os escorpiões amarelos se alimentam de baratas, por isso é importante manter a limpeza em residências, comércios e vias visando à diminuição da população do animal.
Cuidados preventivos em regiões com confirmação de escorpião amarelo:
Verifique calçados, roupas, toalha e roupas de cama antes de usá-los
Limpe caixas de gordura e ralos de banheiro e de cozinha
Mantenha camas e berços afastados da parede
Evite que lençóis e cortinas toquem no chão
Feche frestas nas paredes, móveis e rodapés para que não sirvam de esconderijo para os escorpiões
Use telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques
Mantenha os ambientes sem entulhos e sem lixo
Em comércios, verifique bem o local antes de retirar um produto, especialmente nas prateleiras mais baixas, como as gôndolas de supermercados.
Em caso de visualização, a recomendação é fazer contato pelo serviço 156 (telefone, APP 156+POA ou meio eletrônico, no endereço https://156web.procempa.com.br/. É importante que o requerente informe o local exato da ocorrência e meio de contato.
Lissandra Mendonça