Patrícia Coelho/Divulgação PMPA

A Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) da Secretaria Municipal de Saúde cedeu as instalações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) municipal para a realização de uma videoconferência que integra a programação do 14º Simpósio Internacional sobre HTLV (vírus T-linfotrópico humano) no Brasil. O evento é realizado em Belém, no Pará, nesta segunda e terça-feira, dias 27 e 28. 

A cedência da estrutura do Cievs municipal foi solicitada pelo Cievs nacional, instância do Ministério da Saúde. O assessor técnico da CGVS Roger Halla enfatiza a importância da parceria para a divulgação das informações. “É muito importante fortalecer e integrar a rede de informações em saúde, no caso na qualificação dos profissionais de saúde e esclarecimentos aos pacientes”, disse.

A videoconferência HTLV é realizada em parceria pelo Grupo Vitamóre e Ministério da Saúde, Departamento de IST/Aids e Hepatites Virais. A intenção dos organizadores é esclarecer dúvidas de portadores, familiares, profissionais de saúde e população em geral sobre o HTLV.

Realizada nesta segunda-feira, 27, a videoconferência teve duas horas de duração, das 15h às 17h. Os pesquisadores participantes foram Abelardo Araújo – Fiocruz-RJ, Augusto Penalva, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo, e Marzia Puccioni-Sohler - Unirio-UFRJ. Integraram-se ao evento representantes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de Brasília. A coordenação da videoconferência é do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do MS.

Segundo dados do portal do ministério, a infecção pelo HTLV é causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV), que atinge os linfócitos T, as células de defesa do organismo. Este foi o primeiro retrovírus humano isolado, no início da década de 1980, e é classificado em dois grupos: HTLV-1 e HTLV-2.

A transmissão do HTLV ocorre da mãe infectada para o recém-nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. Outras formas de infecção são a via sexual desprotegida (sem camisinha) com uma pessoa infectada e o compartilhamento de seringas e agulhas.

A maioria das pessoas infectadas pelo HTLV não apresenta sinais e sintomas durante toda a vida. Dos infectados pelo HTLV, 10% apresentarão algumas doenças associadas ao vírus, como doenças neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, urológicas e hematológicas (ex.: leucemia/linfoma associada ao HTLV).