Vigilância em Saúde lança mapa da tuberculose em Porto Alegre
A Equipe de Vigilância de doenças TransmissÃveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde lançou nesta quinta-feira, 5, o mapa da incidência de tuberculose (TB) em Porto Alegre. A intenção é oferecer a profissionais da rede de atenção ao paciente de forma georrefenciada o conhecimento sobre o agravo no território.Â
A tuberculose é uma doença curável em praticamente todos os casos. O tratamento dura seis meses e é gratuito, oferecido apenas no Sistema Único de Saúde (SUS). A cura dos pacientes diagnosticados com tuberculose é uma das principais estratégias para redução da morbimortalidade da doença, por isso levar o tratamento até o final é tão importante.
Os mapas disponibilizados têm dados de cura e abandono nos anos de 2017 a 2020 distribuÃdos por gerência distrital. Informações de 2021 serão divulgadas no fechamento da análise, que ocorre em outubro. A próxima ação do grupo de trabalho responsável pela ação será acrescentar os mapas distribuÃdos por Unidades de Saúde. A acadêmica de enfermagem Brenda D’Agustini, que construiu o mapa com supervisão da enfermeira responsável pela vigilância do agravo na EVDT, Fabiane Soares de Souza, destaca que, além de apresentar a distribuição espacial da tuberculose no municÃpio, o uso do georreferenciamento demonstra quais territórios devem ser considerados prioritários para o controle da doença, ou seja, o conhecimento da distribuição geográfica pode contribuir para o controle da tuberculose na Capital.
Porto Alegre apresenta coeficiente de incidência de tuberculose superior à média do paÃs e a capital gaúcha tem a maior proporção de coinfecção TB-HIV. Uma pessoa vivendo com HIV tem 28 vezes mais chances de contrair tuberculose do que uma pessoa que não tem HIV. Fabiane Soares de Souza explica que, em 2020, o coeficiente de incidência da doença no Brasil ficou em 31,6 por 100 mil habitantes, apresentando uma queda em comparação aos anos anteriores devido à pandemia da Covid-19.Â
Na Capital, o diagnóstico de casos novos de TB, de todas as formas clÃnicas, distribuÃdos por Gerência Distrital (GD) apresentou também redução no ano de 2020, voltando a apresentar aumento em 2021, quando o coeficiente ficou em 87 por 100 mil habitantes. No ano de 2020, a gerência que apresentou maior taxa de cura foi a Partenon Lomba do Pinheiro (68%), e a com o maior abandono foi a Restinga (44%). No ano de 2020, a taxa de cura na cidade foi de 50% e de abandono, 34%. Segundo a pactuação com o Ministério da Saúde (MS), o resultado esperado é a cura de pelo menos 85% dos casos novos diagnosticados no perÃodo e abandono inferior a 5%.
Andrea Brasil