Dique do Sarandi recebe reforço nas fundações

14/10/2025 14:01
Luciano Lanes/ PMPA
DMAE
Nova etapa da obra utiliza material que proporciona maior estabilidade e resistência a deformações

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) iniciou nesta terça-feira, 14, o reforço das fundações do Dique do Sarandi nos dois trechos que apresentaram rompimento durante a enchente histórica de 2024. A nova etapa da reconstrução da estrutura de proteção utiliza um material chamado geogrelha, que se adere ao solo e proporciona maior estabilidade e resistência a deformações.

"O reforço das fundações é uma etapa essencial para garantir a estabilidade e a durabilidade da estrutura. Estamos utilizando materiais e técnicas de engenharia que aumentam a resistência do dique e minimizam o risco em caso de novas cheias", explica o diretor-presidente do Dmae, Vicente Perrone.

Em obras desde junho, o segundo trecho do Dique do Sarandi compreende 300 metros entre a Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) 10 e o ponto mais crítico identificado durante a calamidade. A previsão é de que a obra seja concluída em meados de novembro, quando a estrutura passará a ter cota de proteção equivalente a 5,8 metros em relação ao rio Gravataí.

Projeto - A reconstrução do dique prevê a construção de duas bermas de equilíbrio, com dois metros de altura em relação ao meio-fio, localizadas tanto no lado seco quanto no lado voltado para o rio. A estrutura também está sendo reforçada horizontalmente. O cronograma contempla ainda seis meses de monitoramento contínuo após o término das obras.

Histórico - Construído entre as décadas de 1960 e 1970, o Dique do Sarandi foi fragilizado por intervenções humanas durante a ocupação irregular da área. Um estudo conduzido pelo Dmae apontou que a estrutura apresentava cota inferior a quatro metros nos pontos mais críticos - cerca de três metros abaixo do previsto no projeto original, elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS).

A reconstrução, iniciada logo após a enchente histórica, foi dividida em três etapas. A primeira, entre as casas de bombas 9 e 10, com extensão de 1,1 quilômetro, foi concluída em janeiro. A segunda está em andamento e deve ser finalizada em novembro, conforme as condições climáticas. A terceira, que abrangerá mais dois quilômetros do dique, ainda não tem data definida para início.

Aristoteles Junior

Bianca Dilly